“O outsider pode ser todo mundo, mas não pode ser qualquer um”
O eleitorado está à procura de um outsider, mas ninguém consegue encontrá-lo...
O eleitorado está à procura de um outsider, mas ninguém consegue encontrá-lo.
Carlos Melo disse para o Valor:
“As condições para o outsider estão dadas, o diabo é quem pode ser esse outsider, porque ele pode ser todo mundo, mas não pode ser qualquer um. Precisa ser alguém conhecido que tenha ‘recall’ muito grande, que dispense a construção de uma imagem pessoal.
Veja que o Doria queria ser esse outsider, mas ele tinha um problema muito sério, precisava ser conhecido nacionalmente e a partir do momento em que ele passou a ser, já não era mais outsider e aí se comprometeu.
Você pega um cara como Joaquim Barbosa e Huck, são caras que não precisam fazer esforço para serem conhecidos nacionalmente. Então poderiam entrar mais tarde no jogo e se livrar de ficar tomando paulada daqui até maio . Quem mais pode fazer isso? Há espaço para um outsider, mas não se acha um em cada esquina.”
Sobre Joaquim Barbosa, ele acrescentou:
“Ele tem uma imagem explosiva, mas ao mesmo tempo é um feixe tão grande de símbolos, que também é muito forte: o negro, o filho da arrumadeira que ascendeu na vida, o cara que colocou os corruptos na cadeia. Tem um perfil forte. Mais uma vez: qual a equipe que ele formaria, inclusive para controlar o gênio mercurial dele? O Itamar era absolutamente mercurial, era uma crise por dia, o Fernando Henrique ameaçava pedir demissão todo dia, é só ler a biografia dele. Agora, o Itamar tinha uma equipe que de certa forma segurava um pouco.”
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