O “norte” de Favreto
Na entrevista de Rogério Favreto a Luís Nassif em 2017, o desembargador que tentou soltar Lula no domingo criticou as entrevistas coletivas em dias de operação da Polícia Federal e do Ministério Público. “Já há pré-julgamentos nisso, há uma...
Na entrevista de Rogério Favreto a Luís Nassif em 2017, o desembargador que tentou soltar Lula no domingo criticou as entrevistas coletivas em dias de operação da Polícia Federal e do Ministério Público.
“Já há pré-julgamentos nisso, há uma sinalização e há com certeza um risco de dano irreparável às pessoas que são mencionadas nessas circunstâncias.”
E mais:
“Não é porque determinado processo tem uma importância maior ou menor que ele tenha que descumprir as regras tanto processuais como esses valores constitucionais que garantem a preservação dos direitos da pessoa humana.”
Sobre delações premiadas, Favreto comentou:
“Como é que algumas pessoas que vão ter de 30 a 40 anos de condenação – não vou entrar no mérito – de repente elas, por uma delação, podem cumprir apenas 2 ou 3 anos e depois [mais um breve período] com uma tornozeleira? Então como é que isso pode dar alguma credibilidade às demais condenações e apurações?”
O desembargador defendeu que o Supremo coloque “algum norte, alguma orientação, algum parâmetro mais claro” nas questões que envolvem as delações.
O discurso de Favreto casa perfeitamente com o viés das perguntas do militante petista. A defesa de Lula começa nas narrativas do partido e termina em golpes judiciais.
As manobras retóricas do desembargador que mandou soltar Lula
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