O MTST se arrependeu?
Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) anunciou que apagou a postagem em que associava a frase "bandido bom é bandido morto" à crucificação de Jesus Cristo
O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) anunciou na quarta-feira, 3, que apagou a postagem em que associava a frase “bandido bom é bandido morto” à crucificação de Jesus Cristo. A ilustração foi compartilhada no fim de semana da Páscoa.
“Após reunião da coordenação nacional, realizada hoje, dia 03/04, o MTST vem a público se manifestar a respeito da postagem realizada no twitter no último fim de semana. A coordenação considera que a postagem foi inapropriada e por isso foi deletada de suas redes”, anunciou o grupo em suas redes sociais.
“Reafirmamos o respeito às religiões cristãs e o compromisso com a liberdade de manifestação religiosa”, disse o grupo, que não deu o braço a torcer totalmente, contudo. A nota termina com uma resposta aos críticos: “Repudiamos as lideranças bolsonaristas que tentaram fazer uso político da situação”.
PGR
Por conta da postagem, o deputado federal Delegado Paulo Bilynskyj (PL) acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o colega de Câmara Guilherme Boulos (PSOL). Boulos, que é pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, surgiu politicamente como líder do MTST e sua imagem está fortemente associada ao grupo.
Na terça-feira, 2, o deputado socialista se afastou da postagem. “Eu não faria. Uma sátira social em cima de uma questão tão delicada, como é a questão da fé das pessoas e sentimentos religiosos, sempre vai gerar interpretações que podem ser distorcidas, e foi o que aconteceu”, disse após uma reunião com vereadores do PT e do PSOL na capital paulista.
No dia seguinte, o MTST fez sua reunião e divulgou a decisão de apagar a postagem. Ficará no ar se a resolução tem a ver de fato com o “respeito às religiões cristãs e o compromisso com a liberdade de manifestação religiosa” ou se o ano eleitoral falou mais alto do que as convicções do movimento.
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