O “momento sublime” de Marun
Carlos Marun divulgou um vídeo em que critica a decisão de Edson Fachin de incluir Michel Temer no inquérito que apura repasses da Odebrecht ao PMDB em 2014. O ministro diz que a Constituição é clara (não é) ao estabelecer que...
Carlos Marun divulgou um vídeo em que critica a decisão de Edson Fachin de incluir Michel Temer no inquérito que apura repasses da Odebrecht ao PMDB em 2014.
O ministro diz que a Constituição é clara (não é) ao estabelecer que o presidente não pode ser investigado (ela só diz “responsabilizado”) por fatos ocorridos antes do início do seu mandato (ela diz “estranhos ao exercício de suas funções”).
Segundo Marun, o objetivo do constituinte ao incluir o parágrafo quarto do artigo 86 na Constituição era não permitir que “questões menores ou até acusações mal intencionadas” pudessem prejudicar o funcionamento normal das instituições.
“O presidente pode sim ser acusado, investigado, processado mas se forem questões externas ao seu mandato, somente após o encerramento do mesmo.”
Ele também afirmou que o governo está preocupado com essas “interpretações criativas que vilipendiam e alteram o sentido da Constituição”.
(Está preocupado, então, com Marun?)
“Decisões como essas de inclusão do presidente Temer no inquérito do fato eventualmente acontecido anteriormente ao seu mandato se constituem em flechas que tentam nos atingir nesse momento sublime em que finalmente superamos a recessão e conseguimos fazer com que o país volte a crescer.”
Decisões como essas tentam apenas elucidar fatos que, de sublime, não têm nada.
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