O mecanismo criado por Ricardo Coutinho
Na denúncia da Operação Calvário, os promotores do Ministério Público da Paraíba destacam como funcionava o esquema criminoso liderado pelo ex-governador Ricardo Coutinho que envolveu mais de R$ 1 bilhão do Governo da Paraíba...
Na denúncia da Operação Calvário, os promotores do Ministério Público da Paraíba destacam como funcionava o esquema criminoso liderado pelo ex-governador Ricardo Coutinho que envolveu mais de R$ 1 bilhão do Governo da Paraíba.
Segundo o documento, organizações sociais eram privilegiadas em licitações da saúde, “notadamente por meio de direcionamento e hiperdimensionamento” de contratos de prestação de serviço e fornecimento de materiais hospitalares. As OSs, em contrapartida, devolviam percentual sobre os valores recebidos.
O retorno, segundo o MP, era realizado de seis formas diferentes: 1) saques fracionados das contas das empresas; 2) saques nas contas dos sócios da empresas; 3) transferências bancárias; 4) contratos de consultorias inexistentes; 5) pagamento de boletos; 6) notas fiscais de fornecimento de itens inexistentes.
Após a organização criminosa se instalar na saúde do estado, esquema semelhante foi implantado na gestão da educação do governo local.
“É inexorável perceber, assim, que a empresa criminosa chefiada por RICARDO COUTINHO, de fato, possuía um modelo de negócio alicerçado num plano corrupto de governança, onde eram mapeadas todas as possibilidades de se auferir a maior vantagem financeira para o deleito de seus integrantes.”
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