O governismo dos candidatos à presidência da Câmara
Levantamento da oposição mostra alinhamento dos dois principais candidatos à presidência da Câmara ao governo Lula
O Placar Congresso, ferramenta criada pela oposição no Congresso Nacional para monitorar as votações dos parlamentares e revelar se votam conforme a orientação do governo, é um termômetro das inclinações políticas dos candidatos consolidados à presidência da Câmara.
Segundo o monitoramento de votações, o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), apresenta 70% de alinhamento com o governo petista. Já Hugo Motta, líder do Republicanos, tem um índice de governismo de 75,5%.
Os resultados explicam o motivo pelo qual parlamentares da chamada “oposição raiz” se dizem incomodados com as opções que se consolidaram para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL).
O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, declarou à imprensa que vê com bons olhos o nome do líder do Republicanos na disputa pela presidência da Câmara. Nesta semana, os deputados do PL, partido que tem o ex-presidente Jair Bolsonaro como principal figura, devem se reunir para decidir se apoiam Motta. A tendência é que prevalece a vontade do “centrão fisiológico”
Implosão
Segundo análise publicada por O Antagonista, a corrida pela sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na Presidência da Câmara dos Deputados tomou novos rumos com a desistência do presidente do Republicanos, Marcos Pereira. Agora, Hugo Motta (PB) – líder do partido da Casa – é visto como um candidato que poderia agregar tanto votos da oposição quanto da base do governo Lula.
Por essa razão, Lira ainda resiste em proclamar qual será seu candidato à Presidência da Câmara. Elmar Nascimento – líder do União Brasil na Casa – ainda trabalha para receber as bênçãos de Lira, mas alguns líderes parlamentares admitiram a O Antagonista que a entrada de Motta na disputa embolou o jogo.
A começar pelo terceiro nome envolvido na disputa: Antonio Britto (BA) – líder do PSD na Câmara. Marcos Pereira, conforme apurou este portal, conversou nesta terça-feira com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, afirmando que poderia sair da disputa caso o Britto também topasse apoiar um nome de consenso, que seria Motta. Kassab sinalizou a Pereira que tentaria convencer Britto a deixar a disputa, mas não houve nenhuma confirmação de que o deputado baiano abandonaria a briga nessa reta final para apoiar Motta.
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