O fundão do Estadão
Em editorial crítico à aprovação do fundão eleitoral de 1,7 bilhão de reais, o Estadão, pela enésima vez, tenta afastar o governo de Michel Temer de qualquer responsabilidade: "É um disparate aprovar a destinação de dinheiro público a campanhas políticas, especialmente quando o governo...
Em editorial crítico à aprovação do fundão eleitoral de 1,7 bilhão de reais, o Estadão, pela enésima vez, tenta afastar o governo de Michel Temer de qualquer responsabilidade:
“É um disparate aprovar a destinação de dinheiro público a campanhas políticas, especialmente quando o governo precisa passar por sério ajuste fiscal. Há, no caso, uma clara falta de sintonia entre os Poderes. O Executivo tenta cortar os gastos públicos – tarefa especialmente difícil na atual organização do Estado, com inúmeras vinculações de despesas – e o Legislativo, como se os recursos públicos fossem infinitos, aprova um novo fundo para as campanhas eleitorais.
Vislumbram-se no caso, uma vez mais, os efeitos deletérios da atuação de Rodrigo Janot. Tivesse contido suas idiossincrasias e deixado de apresentar uma denúncia inepta contra o presidente Michel Temer, o ex-procurador-geral da República não teria privado o governo federal das condições políticas mínimas para realizar o necessário veto ao novo fundo de financiamento de campanha. É mais uma evidência de como é difícil melhorar a política e as instituições quando as autoridades não cumprem responsavelmente suas funções.”
Como se o fundão eleitoral não tivesse sido proposto pelo líder do governo Temer no Senado, o também peemedebista Romero Jucá, originalmente por cerca do dobro – 3,5 bilhões de reais – do valor aprovado.
Francamente.
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