O fluxo imaginário de Zanin
A defesa de Lula soltou uma nota sobre o parecer da Lava Jato que pede o aumento de pena do condenado. Assim como no caso da Odebrecht, os advogados não negam que Lula tenha recebido propina da OAS; eles negam apenas que essa propina esteja vinculada a contratos específicos da Petrobras...
A defesa de Lula soltou uma nota sobre o parecer da Lava Jato que pede o aumento de pena do condenado.
Assim como no caso da Odebrecht, os advogados não negam que Lula tenha recebido propina da OAS; eles negam apenas que essa propina esteja vinculada a contratos específicos da Petrobras.
Leia aqui:
“Não há no Parecer, todavia, qualquer indicação de valores provenientes de contratos firmados com a Petrobras que tenham sido direcionados para beneficiar Lula. Na página 54 o trabalho faz referência aos três contratos indicados na denúncia, mas não indica – porque não existe – qualquer fluxo em favor de Lula. O MPF desprezou o que o próprio juiz Sérgio Moro já havia reconhecido na sentença, que não há valores de contratos da Petrobras direcionados a Lula (“Este Juízo jamais afirmou, na sentença ou em lugar algum, que os valores obtidos pela Construtora OAS nos contratos com a Petrobrás foram utilizados para pagamento da vantagem indevida para o ex-Presidente”). Se é contra Lula, o MPF pode partir de um fluxo imaginário de valores da Petrobras, seja para aceitar julgar a ação no Paraná ou no Rio Grande do Sul, seja para impor uma condenação contra o ex-presidente?”
Sobre a frase de Sergio Moro, é preciso esclarecer: está mais do que provado que a OAS pagou propina nos três contratos com a Petrobras. Moro afirmou apenas que havia um acordo mais amplo entre Lula e Léo Pinheiro. Eles não tinham de discutir contrapartidas específicas porque o acordo entre eles valia também para todos os outros contratos da empreiteira. O triplex de Lula, portanto, foi pago com a propina de muitos contratos – inclusive aqueles três.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)