“O fator Lula perturba a oportunidade do debate”
"Sim, sempre fui a favor." Foi o que disse o ministro da Justiça, Torquato Jardim, à Folha, sobre a execução da pena após condenação em segunda instância. Mas leia o trecho da entrevista que se seguiu à resposta...
“Sim, sempre fui a favor.”
Foi o que disse o ministro da Justiça, Torquato Jardim, à Folha, sobre a execução da pena após condenação em segunda instância.
Mas leia o trecho da entrevista que se seguiu à resposta:
“É necessário que o STF rediscuta o tema neste momento?
O problema que o STF enfrenta é institucional, interno e grave. Tem de decidir porque essa insegurança prejudica todo o sistema. A grande razão é a isonomia econômica. Pobre não tem advogado bacana para recorrer em Brasília e vai para a cadeia.
É possível fazer isso mesmo com a discussão de que seria um casuísmo por causa do ex-presidente Lula?
Pois é, o fator Lula perturba a oportunidade do debate. Mas deve ser feito neste momento, sim, o mais rápido possível, independentemente do Lula.
O senhor não concorda com a ministra Cármen Lúcia de que rediscutir isso agora seria apequenar o STF?
Acho que a corte tem de enfrentar as questões constitucionais fundamentais demandadas pela sociedade. E ‘timing’ é irrelevante, o fator pessoal de quem quer que seja não pode afetar o ‘timing’. Não estamos falando de Lula, estamos falando de milhares de brasileiros. Essa indisciplina intelectual da instituição perturba.”
Estamos, sim, falando de Lula, ministro.
O resto é faz-de-conta que o casuísmo não é casuísmo.
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