O desprezo de Lula pelas vítimas do ciclone no Rio Grande do Sul
O presidente Lula desembarca nesta sexta-feira (8) em Nova Delhi, na Índia. Um voo de mais de 30 horas e 14 mil quilômetros. Uma viagem com “v” maiúsculo...
O presidente Lula desembarca nesta sexta-feira (8) em Nova Delhi, na Índia. Um voo de mais de 30 horas e 14 mil quilômetros. Uma viagem com “v” maiúsculo.
Lula embarcou para a Índia sem visitar as vítimas do ciclone no Rio Grande do Sul. Conforme os dados da Defesa Civil das 19h desta quinta-feira (7), três mil pessoas estão desabrigadas; outras 7,6 mil estavam desalojadas. Quarenta e uma pessoas morreram. Eis, em números, a maior tragédia natural das últimas quatro décadas no estado.
Mesmo diante de uma tragédia com essas dimensões, Lula adotou uma postura protocolar. Se manifestou sobre o fato apenas por meio de uma entrevista na terça-feira e fez algumas menções em redes sociais.
Lula ficou no Palácio do Planalto na quarta, ontem foi acompanhar os desfiles de 7 de setembro e partiu para o estrangeiro. Ao invés de fazer um sobrevoo na região, terceirizou a responsabilidade para o ministro da Secom, Paulo Pimenta, e para o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.
O mínimo que se espera de um chefe de Estado, diante de uma tragédia dessas proporções, é a sua presença física na região e uma postura mais proativa. Lula não precisaria, necessariamente, cancelar sua viagem para a Índia. Entretanto, é inadmissível que o presidente da República não tenha a honradez de pisar em solo gaúcho diante dessa calamidade pública.
Dois mil quilômetros separam Brasília do Rio Grande do Sul. É uma viagem curta, coisa de duas horas. Mas para as vítimas e para o povo gaúcho, uma viagem de Lula ao Rio Grande do Sul seria muito mais representativa do que sua participação na reunião do G20.
E o povo gaúcho não irá esquecer disso. 2026 está bem aí.
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