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O desprestígio de Maria do Rosário na reta final das eleições

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Wilson Lima
3 minutos de leitura 24.10.2024 15:31 comentários
Brasil

O desprestígio de Maria do Rosário na reta final das eleições

A deputada é considerada um ícone dentro do partido, mas entre os demais concorrentes do PT nas capitais é a que tem menos chances de vitória

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Wilson Lima
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O desprestígio de Maria do Rosário na reta final das eleições
Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

A deputada federal Maria do Rosário foi a candidata do PT que recebeu menos recursos no segundo turno dos quatro integrantes da sigla que disputam o segundo turno nas capitais brasileiras.

Maria do Rosário é considerado um ícone dentro do partido, mas entre os demais concorrentes é a que tem menos chances. Segundo levantamento da Quaest, a diferença entre os dois é de 22 pontos percentuais. No cenário estimulado, Sebastião Melo (MDB) tem 52% das intenções de votos, contra 30% da petista.

Maria do Rosário recebeu do PT um único aporte da sigla no valor de 3,4 milhões de reais em 8 de outubro, dois duas após o segundo turno. Natália Bonavides, candidata à Prefeitura de Natal, recebeu 3,7 milhões da sigla; Lúcio Cabral, que disputa a prefeitura de Cuiabá contra Abílio Brunini (PL), recebeu 5,3 milhões de reais e o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão, recebeu 7,7 milhões da sigla nesta reta final de campanha.

Críticas de Maria do Rosário a Sebastião Melo dominaram campanha

Ao longo da campanha para Porto Alegre, o prefeito foi duramente criticado pelas falhas nas bombas d’água responsáveis pela drenagem da água do lago Guaíba. Apesar disso, ele conseguiu crescer substancialmente na reta final da campanha eleitoral.

Durante os programas eleitorais, tanto no primeiro quanto no segundo turno, os candidatos lembraram da maior tragédia climática da história de Porto Alegre. Neste ano, cinco pessoas morreram, 14,2 mil ficaram desabrigadas e 160 mil foram atingidas direta ou indiretamente em virtude da elevação do lago Guaíba, que chegou a 5,33 metros.  Essa foi a maior cheia desde 1941, quando o Guaíba chegou a 4,76 metros naquele ano.

Diante dessa crise, as eleições em Porto Alegre foram uma espécie de plebiscito sobre a gestão Melo durante as enchentes. Ao longo da crise, o prefeito de Porto Alegre terceirizou a responsabilidade pela falta de investimento em drenagem profunda aos governos federais e à gestão Eduardo Leite (PSDB). Leite, inclusive, declarou voto em Juliana Brizola no primeiro turno.

Melo também contou com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro em sua campanha eleitoral. Na reta final das eleições, o prefeito conseguiu apoio do próprio PSDB de Leite, após a derrota de Brizola no primeiro turno, e de outros partidos como o Novo. Maria do Rosário ficou com o ‘mais do mesmo’, recebendo o endosso do PDT de Brizola e do PSTU.

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Wilson Lima

Wilson Lima é jornalista formado pela Universidade Federal do Maranhão. Trabalhou em veículos como Agência Estado, Portal iG, Congresso em Foco, Gazeta do Povo e IstoÉ. Acompanha o poder em Brasília desde 2012, tendo participado das coberturas do julgamento do mensalão, da operação Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff. Em 2019, revelou a compra de lagostas por ministros do STF.

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