“O desespero eleitoral leva ao desatino fiscal”, diz fundador da Contas Abertas
O economista Gil Castelo Branco é taxativo sobre o impacto deletério da PEC dos Combustíveis, segundo ele, motivada por puro "desespero eleitoral" do atual governo. O resultado é o desatino fiscal. "Já vimos este filme no fim de governos anteriores e o desfecho não foi feliz."...
O economista Gil Castelo Branco é taxativo sobre o impacto deletério da PEC dos Combustíveis, segundo ele, motivada por puro “desespero eleitoral” do atual governo. O resultado é o desatino fiscal. “Já vimos este filme no fim de governos anteriores e o desfecho não foi feliz.”
“Governo e Congresso parecem mais preocupados com o calendário eleitoral do que com a questão social e a responsabilidade fiscal. A PEC abre um precedente perigoso. Em função de dificuldades socioeconômicas, será decretado o estado de emergência a três meses das eleições, de forma a romper as limitações do teto de gastos, da regra de ouro, da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Lei Eleitoral.”
Segundo ele, se a moda pegar, teremos estado de emergência a toda hora. “O problema é que a carruagem de hoje, pode se transformar em abóbora, amanhã. Alguém imagina que o novo presidente terá condições políticas de governar sem tais benefícios, que terminariam em dezembro deste ano?”, questiona.
Para Gil, os benefícios previstos, como aumento do Auxílio Brasil, vale-combustível, vale-táxi e vale-gás, são vantagens fáceis de implementar e difíceis de serem retirados depois. “As consequências decorrentes da sinalização para o populismo fiscal são a alta da inflação, a elevação dos juros, a redução dos investimentos e o desemprego.”
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