O Conselho de Ética do Senado parado é mais um dedo médio para nós
Após a baixaria, mais cedo, entre Renan Calheiros e Jorginho Mello na CPI da Covid, que trocaram xingamentos e quase saíram na porrada, o senador Otto Alencar, do PSD da Bahia, fez uma lembrança bastante pertinente. "Infelizmente, o Conselho de Ética já não funciona há muito tempo aqui no Senado e tem processo que está aguardando que seja reunido...
Após a baixaria, mais cedo, entre Renan Calheiros e Jorginho Mello na CPI da Covid, que trocaram xingamentos e quase saíram na porrada, o senador Otto Alencar, do PSD da Bahia, fez uma lembrança bastante pertinente.
“Infelizmente, o Conselho de Ética já não funciona há muito tempo aqui no Senado e tem processo que está aguardando que seja reunido [o colegiado], para, a partir daí, apreciar essas ações que são antiéticas.”
Nesta legislatura, o Conselho de Ética simplesmente não funcionou. Houve única reunião, em 25 de setembro de 2019, para a formação da cúpula do colegiado e só.
“Até então, só existe no papel”, disse a este site Angelo Coronel, do PSD da Bahia.
“Até agora, não vi uma denúncia que levasse o Conselho de Ética a estar reunido. Não consta na minha memória”, minimizou a situação Telmário Mota, líder do Pros, também titular do colegiado. Depois, o senador mudou de opinião: “Se tem denúncia, tem demanda. E se tem demanda, tem de ser apreciada”.
O senador Jayme Campos (DEM) é o presidente (foto). Veneziano Vital do Rêgo (MDB) é o vice-presidente. Entre titulares e suplentes, há 10 vagas que ainda nem sequer foram preenchidas pelos partidos.
Representações (são mais de 10) envolvendo senadores como Jorge Kajuru, Cid Gomes, Flávio Bolsonaro e Chico Rodrigues estão na gaveta esse tempo todo. Na época em que Rodrigues foi alvo de operação da Polícia Federal, revelamos a articulação nos bastidores para que ele não fosse julgado no Conselho de Ética, presidido — somente em tese, claro — por um correligionário seu.
Kajuru, por exemplo, virou alvo de representações em razão de críticas feitas a Davi Alcolumbre e a outros senadores de Goiás, e por ter gravado uma conversa com Jair Bolsonaro. O senador alega que suas declarações são protegidas pela imunidade parlamentar.
O Conselho de Ética do Senado parado é mais um dedo médio para os brasileiros. Leia mais aqui.
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