O antagonista Ilan
Ao assumir a presidência do Banco Central, em junho de 2016, o economista Ilan Goldfajn encontrou uma inflação de 8,9% ao ano, bem acima do teto da meta, de 6,5%. Hoje, registra o Estadão, a inflação perdeu força e...
Ao assumir a presidência do Banco Central, em junho de 2016, o economista Ilan Goldfajn encontrou uma inflação de 8,9% ao ano, bem acima do teto da meta, de 6,5%.
Hoje, registra o Estadão, a inflação perdeu força e fechou 2017 em 2,95%, abaixo do piso da meta, fixado em 3%, pela primeira vez em quase 20 anos.
Leia este trecho da reportagem:
“No início de sua gestão, executivos do mercado chamaram Goldfajn de ‘conservador’ e criticaram a demora do Banco Central em cortar os juros, diante do cenário recessivo e da fraca demanda existente na época. Ele acreditava que era melhor ‘ancorar’ as expectativas antes de começar a reduzir os juros. De novo, manteve a sua posição e mais uma vez se deu bem. A inflação teve uma forte queda e o BC pôde, então, realizar uma política gradual de corte das taxas, cujos efeitos positivos se revelam agora em toda a sua extensão.
‘Em política econômica, o ingrediente de confiança é fundamental. É importante passar para o mercado que você não vai fazer loucura, que tem uma visão de longo prazo’, afirma Goldfajn. ‘O nível de atividade estava fraco, mas a gente foi cauteloso e preferiu ancorar as expectativas antes de começar a flexibilizar os juros. No final, isso ajudou a quebrar a espinha da inflação e fechamos 2017 com um crescimento de cerca de 1%, quando se achava que seria de 0,5%.’
Segundo quem conviveu com ele ao longo de sua carreira, Goldfajn se coloca com frequência como uma espécie de ‘antagonista’ das visões predominantes entre os analistas.”
Muito bem, Ilan. Antagonizar é preciso.
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