O aceno de Bolsonaro a Carla Zambelli
O ex-presidente Jair Bolsonaro fez alguns gestos para se reaproximar da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), após ela ter perseguido um homem na rua empunhando uma arma na véspera das eleições de 2022...
O ex-presidente Jair Bolsonaro fez alguns gestos para se reaproximar da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), após ela ter perseguido um homem na rua empunhando uma arma na véspera das eleições de 2022.
Na última semana do ano, Bolsonaro convocou eleitores para participar de uma reunião sobre a pré-candidatura de Coronel Aginaldo, marido de Zambelli, à prefeitura de Caucaia (CE). Ele vai disputar o cargo com o apoio do partido.
Além disso, o ex-presidente da República também assinou um documento ratificando seu apoio à candidatura de Aginaldo. O ofício foi replicado nas redes sociais do esposo da parlamentar paulista.
Após as eleições de 2022, Bolsonaro ficou alguns meses recolhido e não quis conversar com Zambelli, apesar da insistência da parlamentar. O ex-presidente da República disse a aliados que o episódio envolvendo a deputada federal foi determinante para a sua derrota para Lula.
Aginaldo partirá para a sua primeira eleição. Ele foi comandante da Força Nacional de Segurança Pública durante três anos. Justamente na gestão Jair Bolsonaro. Ele deixou o cargo em março do ano passado, no início do governo Lula.
Em agosto do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para tornar Zambelli ré por porte ilegal de arma de fogo. Os ministros indicados por Jair Bolsonaro, Nunes Marques e André Mendonça, foram os únicos contrários à abertura do processo.
Marques rejeitou a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), enquanto Mendonça disse que não caberia ao STF julgar o caso, e sim à primeira instância da Justiça.
Zambelli foi acusada pela PGR por apontar uma pistola em direção ao jornalista Luan Araújo e persegui-lo nas vésperas do segundo turno das eleições presidenciais. A perseguição ocorreu na saída de um bar, na região do Jardins, na capital paulista.
Após uma discussão com Araújo, a deputada sacou a arma e saiu correndo atrás do jornalista. Um dos seguranças de Zambelli chegou a efetuar um disparo e foi preso, mas foi liberado após pagar fiança.
A vice-procuradora-geral da República Lindora Araújo pediu ao ministro Gilmar Mendes a decretação da pena de perdimento da arma de fogo, além do cancelamento definitivo do porte de arma de fogo de Zambelli. Também solicitou que a parlamentar bolsonarista fosse obrigada a pagar de R$ 100 mil por danos morais coletivos. De acordo com a PGR, a deputada não tinha autorização para usar arma de fogo ostensivamente em público.
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