O Antagonista apurou que Jonas Suassuna bancou despesas de aluguel e condomínio das salas ocupadas pelas empresas de Lulinha e Luleco no Condomínio Edifício Personal Office Luiz Tavolieri, situado no número 450 da avenida Padre João Manuel.
As despesas de condomínio já foram identificadas pela Lava Jato nos extratos bancários da Editora Gol.
SUASSUNA EMBOLSOU MAIS DE R$ 60 MILHÕES DA OI
A pedido dos leitores, O Antagonista reproduz abaixo o total embolsado por Jonas Suassuna em contratos com a Oi/Telemar e controladas. Foram mais de R$ 66 milhões que entraram nas contas da Gol Mobile.
Destaque para a Contax, citada em conversas de Otávio Azevedo sobre repasses a João Vaccari Neto. Registre-se que, em abril de 2005, Lula foi ao Acre inaugurar uma filial da empresa de call-center da Andrade Gutierrez.
A Gol Mobile, que recebeu mais de R$ 5,3 milhões da Contax, repassou mais de R$ 2 milhões para a G4 Entretenimento, de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha.
SUASSUNA EMBOLSOU 40 MILHÕES COM A VIVO
Não foi só com a Oi que Jonas Suassuna ganhou rios de dinheiro – depois repassado a Lulinha e seus sócios-laranjas.
No laudo da Polícia Federal sobre a movimentação bancária de suas empresas, chama a atenção o valor de R$ 40 milhões embolsados pela Editora Gol com a Movile Internet Movel.
O Antagonista descobriu que o dinheiro tem origem numa parceria com a Vivo para promover os serviços “Nuvem de Livros” e “Nuvem do Jornaleiro”, pelo qual o cliente é debitado em até R$ 3,49 por semana.
Fontes garantem que 95% dos usuários são clientes pré-pago ou Vivo Controle, que não possuem extrato de conta mensal e raramente percebem o débito. O site “Reclame Aqui” registra inúmeras queixas de cobranças não autorizadas pelo serviço.
MEIO BILHÃO NAS CONTAS DE SUASSUNA
Assim como na Gol Mídia, todo o dinheiro que entrou nas contas da Editora Gol saiu em seguida. O laudo da Polícia Federal mostra que, entre 2004 e 2016, passoupela empresa de Jonas Suassuna meio bilhão de reais.
JONAS SUASSUNA, O MECENAS
As quebras dos sigilos bancário e fiscal da Editora Gol e da Gol Mídia também revelam pagamentos altíssimos de Jonas Suassuna a Lulinha e seus sócios, Fernando e Kalil Bittar.
A PDI Processamento Digital, de Kalil, recebeu 35 repasses num total de R$ 4,17 milhões da Editora Gol e mais R$ 1,4 milhão da Gol Mídia. A PDI foi usada por Kalil para comprar equipamentos (geladeira, coifa etc.) para o apartamento de Lulinha (que está em nome de Suassuna).
A Coskin, de Fernando Bittar, recebeu outros R$ 2,28 milhões. A Gamecorp e a G4, ambas de Lulinha, foram destinatárias de outros R$ 1,1 milhão da Gol Mídia.
SUASSUNA PAGOU FOTÓGRAFO DE LULA
A quebra de sigilo bancário da Editora Gol, de Jonas Suassuna, mostra 12 repasses – num total de quase 400 mil reais – à empresa Cinefoto Stuckert Press, de Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial de Lula.
Deve haver uma explicação razoável para os pagamentos, mas Stuckert não retornou os contatos de O Antagonista.
Com Suassuna, carta a Lula e e-mail para Petrobras
Na busca feita pela Polícia Federal na sede do Grupo Gol, especificamente na sala do diretor Roberto Bahiense de Castro, foi apreendida uma troca de e-mails entre “Fabio Gaudio” e funcionário da Petrobras – não identificado.
Também foi encontrada uma carta de Jonas Suassuna “ao presidente Lula”.
Suassuna e o outro sócio de Lulinha
Jonas Suassuna, alvo de nova perícia da Polícia Federal, foi uma mãe para a família Lula da Silva e seus agregados.
Além de bancar a compra de metade do sítio de Atibaia e emprestar seu nome na escritura do apartamento de Fábio Luís Lula da Silva, Suassuna abrigou por anos na Editora Gol outro sócio de Lulinha.
Kalil Bittar, irmão de Fernando – que comprou a outra parte do sítio –, tinha sala na empresa e sempre estava por lá. A Lava Jato investiga pagamentos de Suassuna de despesas de Kalil, como financiamentos imobiliários.
A nuvem de Suassuna se dissipou?
A Editora Gol, de Jonas Suassuna, está quebrada. Vários diretores já foram demitidos. O que houve com os milhões provenientes das assinaturas de produtos de sucesso, como a “Nuvem de Livros” e a “Nuvem do Jornaleiro”?
O Antagonista sugere à força-tarefa da Lava Jato que consulte a empresa que hospeda os produtos.
O caminho do dinheiro é Jonas Suassuna
Se a força-tarefa da Lava Jato quiser descobrir o pagamento de despesas do sítio de Atibaia e compras para o apartamento ocupado por Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, basta abrir a movimentação financeira das empresas de Jonas Suassuna e suas despesas pessoais.
O Antagonista foi informado de que todas essas informações estão guardadas na BNC Contabilidade.
O CARNAVAL DE LULINHA E SUASSUNA
A Lava Jato está puxando o fio da meada de Jonas Suassuna, o sócio bem-sucedido de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, e proprietário de metade do sítio Santa Bárbara, usado por Lula.
O objetivo maior dos investigadores é conseguir quebrar o sigilo bancário de Suassuna e de suas empresas.
O empresário, que gosta de pagar tudo à vista, firmou parceria com a Vivo para a comercialização de um aplicativo de e-books chamado Nuvem de Livros. Para gerir o negócio, Suassuna criou a Gol Mobile, responsável pelo aplicativo.
A parceria da Vivo com Suassuna se estende à empresa G4 Entretenimento, empresa de Lulinha e dos irmãos Kalil e Fernando Bittar – que vem a ser o proprietário da outra metade do sítio Santa Bárbara, usado por Lula.
Em seu site, a G4 indica como clientes e parceiros as empresas de Suassuna (Editora Gol, Gol Mobile, Nuvem de Livros), o Instituto Lula, a PlayTV e a Touchdown, de Luleco; além da Coteminas, de Josué Alencar, e da rede de restaurantes Paris6, de Isaac Azar.
Os laços de família da família Luz
O lobista Jorge Luz tem dois filhos:
Bruno Luz, como mostramos em post anterior, é casado com Christine Rabello, filha do novo presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro.
Renata Luz, a primogênita, é casada com Rodrigo Suassuna, filho do ex-senador Ney Suassuna, que é primo de Jonas Suassuna, sócio de Lulinha e laranja de sítio.
FHC com raspas de laranja
Jonas Suassuna, sócio de Lulinha e laranja do sítio de Atibaia, recebeu R$ 1,8 milhão da Associação Alfabetização Solidária, fundada por Ruth Cardoso.
UM OFFICE-BOY MILIONÁRIO
O Antagonista soube que a Lava Jato investiga centenas de repasses feitos pelas empresas de Jonas Suassuna à pessoa física de Jorge José da Silva, que seria uma espécie de office-boy do empresário.
A quebra do sigilo bancário das empresas de Jonas mostra que Jorge recebeu um total de R$ 9,6 milhões das empresas Editora Gol, Gol Mobile, Imobiliária Gol, Goal Discos e PJA.
Caso seja confirmado o vínculo profissional de Jorge com Suassuna, os investigadores deverão pedir o afastamento do sigilo bancário do office-boy. A suspeita é que o empregado tenha sido usado para justificar a saída de recursos a terceiros, por meio de saques.
O objetivo, logicamente, é identificar o beneficiário final dos recursos.
MOMENTO ANTAGONISTA: COMO VOCÊ ENRIQUECEU LULINHA
Claudio Dantas comenta a parceria de 100 milhões de reais de Jonas Suassuna com as empresas Vivo e Oi. O dinheiro saiu do bolso dos clientes (vocês) das operadoras, passou pelas contas do grupo Gol e foi parar nas empresas de Lulinha.
Parte do dinheiro também foi usado na construção da mansão de Angra, na compra de carros de luxo e pacotes de viagem.
REFORMA NO ‘APTO DE LULINHA’ CUSTOU 1,6 MILHÃO
Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, mora num apartamento de luxo em Moema em nome de Jonas Suassuna. Como mostramos mais cedo, ele pagou 13 parcelas de 15 mil reais a Jonas para simular um “aluguel” e despistar a imprensa e a PF.
Mas o laudo técnico revelou que Lulinha nunca assinou qualquer contrato de aluguel. O Antagonista sempre soube que o imóvel é, na verdade, do próprio Lulinha. O Antagonista revelou, inclusive, que Renata, mulher de Fábio, comandou a reforma milionária do imóvel.
A Polícia Federal acaba de confirmar a informação. Foram gastos R$ 1,6 milhão. Quem torra essa soma num apartamento que não seja seu? A PF anexou ao laudo as notas fiscais da reforma – a maior parte emitida em nome de Fábio e de sua mulher Renata.
MESMO COM SÓCIOS, LULINHA EMBOLSAVA 100% DO LUCRO DA G4
O laudo dos peritos da PF, obtido por O Antagonista, mostra que a G4 Entretenimento foi a fonte da maior parte dos rendimentos declarados por Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha. Dos cerca de 5,2 milhões de reais, obtidos entre 2004 e 2014, 3,8 milhões foram de distribuição de lucros da G4.
Chamou a atenção dos peritos que, apesar de constarem como sócios Jonas Suassuna e Fernando Bittar, o lucro da G4 foi muitas vezes integralmente para o bolso de Lulinha, que detém 50% da sociedade.
Em 2012, ele embolsou 100% do lucros; em 2013, foram 96%; em 2014, outros 62%.
É a prova cabal de que Jonas e Bittar eram meros laranjas.
O ENDEREÇO QUE APROXIMA PALOCCI DE LULA
Como noticiamos mais cedo, a Operação Omertà identificou um encontro de Marcelo Odebrecht com Antonio Palocci e Roberto Teixeira para discutirem a compra do terreno que serviria à instalação do Instituto Lula.
Os investigadores, porém, querem mais. Eles querem saber, por exemplo, por que a “Projeto”, consultoria de Palocci, funcionou por quase dois anos no famoso número 450 da rua Padre João Manuel.
O endereço abriga ou já abrigou as sedes das seguintes empresas:
– LFT e Touchdown, de Luleco
– G4, de Lulinha e Fernando Bittar
– Editora Gol, de Jonas Suassuna, proprietária da BR4, em sociedade com Lulinha
– Newlink, ligada a PlayTV e Gamecorp, de Lulinha, Fernando Bittar e Jonas Suassuna
– FlexBR, de Marcos Claudio Lula da Silva e Sandro Luis Lula da Silva
– Adhemar Gianini, advogado de Roberto Teixeira, compadre de Lula e padrinho de Luleco
Laranjas na nuvem
O Antagonista revelou na sexta-feira a parceria de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, com a Nuvem de Livros de Jonas Suassuna.
Suassuna paga à G4 de Lulinha pelo desenvolvimento e suporte ao aplicativo de e-books oferecido pela Vivo em seus celulares.
O MPF desconfia que o aplicativo de Lulinha tenha a consistência de uma nuvem.
Nuvem de Laranjas
Jonas Suassuna, um dos laranjas de Lula no sítio em Atibaia, beneficiou-se de uma lei assinada pelo próprio Lula, segundo a Folha de S. Paulo.
Trata-se da lei que “obrigou todas as instituições de ensino públicas e privadas a possuir, até 2020, pelo menos uma biblioteca com no mínimo um título por aluno. A coleção pode existir ‘em qualquer suporte’, abrindo margem para bibliotecas virtuais”, como a Nuvem de Livros de Jonas Suassuna.
A reportagem tentou descobrir se a Nuvem de Livros foi contratada pela rede pública, mas o advogado de Suassuna disse que não sabia responder.
O QUARTEL-GENERAL
A G4 de Lulinha e dos irmãos Bittar fica no famoso endereço da rua Padre João Manuel, 450, onde Jonas Suassuna tinha uma filial da Editora Gol e afiliadas até fevereiro de 2015.
No mesmo edifício está a sede da LFT Marketing Esportivo, de Luleco, que foi alvo de busca e apreensão da Operação Zelotes, e o escritório de Adhemar Gianini, advogado de Roberto Teixeira.
Lula e Lulinha já estiveram na “mansão de Angra”
O Estadão confirmou que a mansão de Angra é mesmo de Jonas Suassuna. Seu advogado, Wilson Pimentel, disse que o empresário comprou o imóvel na Ilha dos Macacos há cinco anos e já recebeu Lula e Fábio Luís, o Lulinha.
O advogado afirmou, porém, que eles nunca dormiram na casa e negou a versão de que Jonas teria construído um “bangalô presidencial” para receber Lula.
EXCLUSIVO: SUASSUNA PREPARAVA MUDANÇA DO GRUPO GOL
O Antagonista descobriu que Jonas Suassuna não abriu só uma filial da Gol Mobile. Ele criou na Espanha o Grupo Empresarial Gol Europa, espelhando a estrutura originalmente montada no Brasil – e que está sofrendo uma devassa da Lava Jato.
Meses atrás, fontes de O Antagonista revelaram que Suassuna planejava se mudar para o exterior. Pelo visto, o plano está em plena execução.
EXCLUSIVO: SUASSUNA ABRIU FILIAL NA ESPANHA
Jonas Suassuna, o mecenas da família Lula da Silva, abriu em Madri a Gol Mobile Europa, filial da empresa usada para a comercialização do aplicativo ‘Nuvem de Livros’.
Suassuna colocou a filha Bianca como sócia. Ela também aparece em outras empresas do grupo Gol no Brasil e até na Gamecorp, de Lulinha e Bittar.
Exclusivo: Vivo abandona Jonas Suassuna
O Antagonista soube que a Vivo cancelou o contrato da Nuvem de Livros com a Gol Mobile, de Jonas Suassuna, apontado pelo MPF como laranja de Lula e família. A Lava Jato precisa correr antes que apaguem todas as pistas.
LAVANDERIA SUASSUNA
Jonas Suassuna virou sócio de Lulinha na BR4 Participações por meio da Gol Mídia, que ele abriu, em 2007, para integrar o capital social da empresa do filho de Lula.
Ao analisar as entradas e saídas de recursos, a Lava Jato verificou que a empresa serviu apenas como ‘veículo’ de passagem de recursos. De 2007 a 2016, entraram nas contas da Gol Mídia pouco mais de R$ 7,15 milhões – mesmo valor que saiu.
Desse total, cerca de R$ 5,4 milhões foram transferidos para as contas da Gol Mídia pelo próprio Jonas Suassuna em mais de 200 transações. Pouco mais de R$ 300 mil foram repassados por outras empresas dele (Gol Mobile, Editora Gol e Imobiliária Gol).
Do total que entrou no caixa da Gol Mídia, quase R$ 2 milhões irrigaram as empresas de Kalil Bittar (PDI Processamento Digital) e do próprio Lulinha (Gamecorp). Outros valores foram gastos na compra de veículos e pacotes de viagem.
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