Nunes Marques libera retirada de tornozeleira do bicheiro Rogério Andrade
O ministro do STF também revogou o recolhimento noturno domiciliar imposto ao contraventor
O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na terça-feira, 16, em um despacho sigiloso, a retirada da tornozeleira eletrônica do bicheiro Rogério Andrade.
O magistrado também revogou o recolhimento noturno domiciliar imposto ao contraventor, registrou o G1.
Às vésperas do Carnaval, Rogério Andrade solicitou na Justiça a liberação para assistir presencialmente ao desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro. Fabíola Andrade, sua esposa, foi rainha da bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel,
Operação Calígula
Alvo da Operação Calígula, deflagrada em maio de 2022, Rogério Andrade é acusado de comandar, ao lado do filho, Gustavo Andrade, uma organização criminosa para operar jogos de azar no Rio de Janeiro.
O bicheiro foi preso em agosto de 2022 sob a acusação de dar continuidade a práticas criminosas, além de pagamento de propina para policiais de delegacias especializadas.
Em dezembro daquele ano, o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) ordenou a soltura de Andrade, após um habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na ocasião, a prisão preventiva foi substituída por medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno domiciliar e o comparecimento periódico ao juízo para comprovar suas atividades.
Rede de proteção
Onze policiais civis e militares foram citados nas investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro por suspeita de ligação com o grupo chefiado pelo bicheiro Rogério Andrade e por Gustavo Andrade, filho dele.
Entre os mencionados nas investigações estão dois delegados e dois inspetores da Polícia Civil, um major, dois capitães e quatro praças da Polícia Militar. Parte dos investigados é suspeita de integrar uma rede de proteção envolvida em um esquema de propinas.
Já o restante dos suspeitos teria atuado como braço armado na segurança da quadrilha e na prestação de serviços para expandir negócios ilícitos do contraventor Rogério Andrade.
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