Nunes Marques arquiva queixa-crime de Boulos contra Tarcísio
No dia da eleição à prefeitura de São Paulo, o governador sugeriu que o PCC orientou voto no então candidato Guilherme Boulos
O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou nesta quinta-feira, uma queixa-crime apresentada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na campanha de segundo turno à prefeitura da capital.
Ao lado do prefeito eleito, Ricardo Nunes (MDB), Tarcísio foi perguntado sobre a influência do Primeiro Comando da Capital (PCC) nas eleições. O governador comentou que “houve a interceptação de conversas em presídios orientando o voto em uma pessoa”, que, segundo ele, era o então candidato Guilherme Boulos.
Na ação, Boulos acusou Tarcísio de cometer crime eleitoral ao divulgar “fatos inverídicos” durante a campanha.
Nunes Marques seguiu o entendimento da Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE), que opinou pela negativa do prosseguimento da notícia-crime.
Cassação de Tarcísio e Nunes
No mesmo dia da eleição, em 27 de outubro, Boulos pediu ainda a de pedir a cassação de Tarcísio e a inelegibilidade de Nunes:
“A utilização do cargo de Governador do Estado com a finalidade de interferir no resultado da eleição, no dia da votação, é evidente. A finalidade eleitoral fica clara pela escolha do momento para divulgação da coletiva, durante o horário da votação, com a presença dos candidatos abertamente apoiados pelo atual governador, todos com adesivo de propaganda dos candidatos representados em suas camisas”, diz trecho da ação.
Boulos afirmou, no dia, que Tarcísio “feriu todos os preceitos democráticos“:
“É criminosa a atitude do governador Tarcísio de Freitas de criar uma grave fake news em pleno domingo de eleições. Tarcísio é cabo eleitoral de Nunes, faz tal declaração ao lado do prefeito em claro gesto de campanha. Usa a máquina pública de maneira vergonhosa e irresponsável. Isso fere todos os preceitos democráticos“.
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