O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB; foto), responsabilizou a Enel pela falta de energia na capital. 

“Essas questões foram ocasionadas por problemas em 17 estações da Enel, que, inclusive, não ficam na cidade de São Paulo. Foram atingidos aqueles linhões por onde passam a energia que não ficam na cidade”, disse o prefeito na tarde deste sábado, 12 de outubro.

Segundo Nunes, mais de 960 mil endereços ainda estão no escuro na cidade quase 20 horas depois do temporal que atingiu a capital na noite de sexta-feira, 11.

Ele disse ainda ter ligado para o presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa Neto, que teria dito que a concessão da empresa poderia entrar em caducidade, caso seja constatada culpa ou inércia da empresa de energia.

Sem previsão para volta de energia

O presidente da Enel São Paulo, Guilherme Lencastre, afirmou na manhã deste sábado, 12, que a concessionária não tem previsão de quando restabelecerá a energia na capital paulista.

Mais de 1,6 milhão de clientes ainda estão no escuro por causa do temporal ocorrido na noite desta sexta-feira, 11. 

Segundo Lencastre, equipes que trabalham para a empresa no Rio de Janeiro e no Ceará estão sendo mobilizadas para agilizar o trabalho de retomada da energia.

Ele afirmou ainda que a empresa “está mais preparada” e espera que o novo apagão não seja tão longo quanto o de novembro do ano passado, quando 2,1 milhões de pessoas ficaram sem energia. Na época, alguns pontos da cidade ficaram sem luz por mais de uma semana.

As zonas oeste e sul de São Paulo foram as mais atingidas pelo apagão. Na região metropolitana, o cenário é mais crítico em Taboão da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo, Diadema e Cotia.