Novo líder do PT é contra CPI dos Atos Antidemocráticos no Senado
Anunciado ontem como o novo líder do PT no Senado, Fabiano Contarato (ES) afirmou, com exclusividade a O Antagonista, que é contra a instalação da CPI dos Atos Antidemocráticos na Casa...
Anunciado ontem como o novo líder do PT no Senado, Fabiano Contarato (ES) afirmou, com exclusividade a O Antagonista, que é contra a instalação da CPI dos Atos Antidemocráticos na Casa.
Contarato, por sua vez, tem uma outra justificativa. Para ele, uma investigação parlamentar somente se justifica quando o Estado não dá respostas efetivas à sociedade sobre um problema específico.
Ele toma como exemplo a CPI da Covid, que foi o instrumento do Senado para pressionar o Poder Executivo a adotar medidas de enfretamento à pandemia do novo coronavírus.
“Nesse contexto dos ataques aos atentados terroristas, o estado está inerte? Ele não está inerte. Ele está atuando. As pessoas estão sendo presas, estão sendo indiciadas, os inquéritos estão sendo concluídos, a Procuradoria-Geral da República está atuando… assim, qual seria o sentido da CPI?”, disse o parlamentar.
“Eu defendo essa posição até como delegado [o parlamentar foi delegado de polícia civil no Espírito Santo]. No contexto da CPI da Covid, ela foi necessária porque o estado estava inerte. Ele não adquiriu vacinas, as pessoas morreram por falta de oxigênio, houve compra de vacinas superfaturadas e algumas instituições, como a PGR, nada fizeram. Daí houve a importância daquela investigação, o que não é o caso atual”, complementou.
Na primeira semana de janeiro, a senadora Soraya Thronicke (União-MS) conseguiu 45 assinaturas para a investigação.
Pelo regimento interno do Senado, esses apoios não são válidos para a próxima legislatura, a partir de 1º de janeiro. Assim, Soraya precisa manter pelo menos 27 dos 45 apoios obtidos até o momento.
Das 45 assinaturas, 15 são de parlamentares que deixarão o mandato no final de janeiro ou da bancada do PT. Ou seja, teoricamente, pelo menos 30 assinaturas ainda podem ser “reaproveitadas” na virada da legislatura.
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