Nomeação de indicado de Flávio Bolsonaro para PGR será ofensa ao MPF e aos cidadãos
Nomear Antônio Carlos Simões Martins Soares Procurador Geral da República já será espantoso mesmo que não houvesse processo nenhum no seu currículo, uma vez que ele foi indicado por Flávio Bolsonaro -- queira-se ou não, o filho do presidente é suspeito de, no mínimo, ser conivente com irregularidades ocorridas no seu gabinete na Assembleia fluminense...
Nomear Antônio Carlos Simões Martins Soares Procurador Geral da República já será espantoso mesmo que não houvesse processo nenhum no seu currículo, uma vez que ele foi indicado por Flávio Bolsonaro — queira-se ou não, o filho do presidente é suspeito de, no mínimo, ser conivente com irregularidades ocorridas no seu gabinete na Assembleia fluminense. Como explicar que um filho do presidente, e filho enrolado, tenha mais influência nesse assunto do que o ministro da Justiça ou os próprios procuradores, a não ser por interesse em engavetar investigações — existentes ou não — que afetem direta ou indiretamente o clã Bolsonaro? A corroborar a impressão de interesse privado em tema de interesse público, consta que o advogado de Flávio também apoia Martins Soares.
O filhotismo do presidente já não se contenta com a nomeação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada nos Estados Unidos? Ou com a possibilidade, sempre latente, de colocar Carlos Bolsonaro para comandar formalmente a Comunicação do governo?
A nomeação de Martins Soares para chefiar a Procuradoria Geral da República, contudo, será mais do que um espanto. Será uma ofensa ao Ministério Público Federal e aos cidadãos, visto que o PGR deve não apenas ser transparente, mas parecer transparente. E, com o seu histórico, infelizmente, Martins Soares não preenche esse requisito fundamental.
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