No Senado, emissário de Maria Corina exibe atas das eleições na Venezuela
Segundo emissário de Maria Corina, Edmundo González teve 67% dos votos nas eleições do país e o Nicolás Maduro apenas 30%
Senadores de oposição se reuniram no Salão Azul do Senado Federal para anunciar o recebimento de atas originais das eleições na Venezuela que atestam a vitória de Edmundo González. A abertura da coletiva de imprensa foi feita pela senadora Tereza Cristina (PL-MS), que revelou conversa por telefone com Maria Corina Machado para detalhar a atual situação do país e acordar o envio do emissário Gustavo Silva ao Brasil.
Silva também integrou a coletiva e exibiu as atas entregues ao grupo de oposição na Casa Alta.
“Sou só uma das pessoas, das mais de 600 mil pessoas, que em 28 de julho fizemos um trabalho cidadão sem precedentes para apurar cada uma das atas. Essas atas na Venezuela é o que vocês chamam aqui de boletim da urna. Temos mostras desses documentos que são originais da autoridade eleitoral da Venezuela”, disse o emissário.
Segundo o representante de Maria Corina, os documentos atendem aos quesitos de segurança e confiabilidade. “Nós tivemos acesso a 85% desses documentos que são legais e originais. Nesses documentos, o Edmundo González Urrutia tem 67% dos votos e o Nicolás Maduro tem só 30% dos votos”, completou.
A senadora Tereza Cristina se disse sensibilizada com a condição de Maria Corina Machado. “A senhora Maria Corina hoje corre risco de vida. Ela tem que se esconder. Ela tem a sua prisão decretada como traidora da pátria. Fiquei sensibilizada com a sua postura. O governo brasileiro não reconheceu ainda as eleições. Mas a posse será em janeiro“, declarou.
Entrega das atas a Lula e voto impresso
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) sugeriu que as atas sejam entregues ao presidente Lula, que ainda não decidiu a posição do Brasil sobre as eleições na Venezuela e fez a defesa do voto impresso. “Quem diria que a votação eletrônica com comprovante impresso estaria garantindo ainda alguma esperança de democracia na Venezuela. Saiba que aqui no Brasil nós que queremos um sistema eleitoral mais seguro acabamos sofrendo represálias por alguns integrantes de uma corte superior, dizendo que nós estamos trabalhando contra a democracia ou que nós queremos dar um golpe de Estado”.
O senador ainda citou a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Aqui deixaram o presidente Bolsonaro inelegível por querer mais segurança e transparência no Sistema Eleitoral”, afirmou.
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