No Palácio da Alvorada, visitantes não costumam deixar celular do lado de fora
Em entrevista ao Papo Antagonista especial no último sábado, o deputado Luis Miranda (DEM) sugeriu pela primeira vez que pode ter gravado a conversa que ele e seu irmão, servidor do Ministério do Saúde, tiveram com Jair Bolsonaro sobre os indícios de irregularidades no contrato para compra da Covaxin...
Em entrevista ao Papo Antagonista especial no último sábado, o deputado Luis Miranda (DEM) sugeriu pela primeira vez que pode ter gravado a conversa que ele e seu irmão, servidor do Ministério do Saúde, tiveram com Jair Bolsonaro sobre os indícios de irregularidades no contrato para compra da Covaxin.
“Aí ele [Bolsonaro] vai ter a surpresa mágica. Se ele fizer isso, terei que fazer algo que um parlamentar nunca deveria fazer com um presidente. Ele ficará muito constrangido, muito. Eu tenho como comprovar, mas na hora certa”, disse Miranda na entrevista exclusiva (assista aqui), ao ser questionado se não temia ser desmentido por Bolsonaro.
A possibilidade de Bolsonaro ter sido gravado levanta, de novo, suspeita sobre a segurança no entorno do presidente da República.
O Antagonista ouviu relatos de que, em tese, para entrar no gabinete presidencial no Palácio do Planalto, é preciso deixar os celulares do lado de fora da sala, com exceção dos presidentes da Câmara e do Senado, além de integrantes de tribunais superiores.
“Deputado ou senador que vai lá não pode entrar com celular. Mas há uma falha, porque ninguém revista ninguém para saber se há algum grampo”, disse um congressista, em reservado.
Se Miranda ou irmão gravou Bolsonaro, foi na conversa que os três tiveram em 20 de março deste ano, um sábado, no Palácio da Alvorada, onde, também em tese, não há a mesma exigência de não entrar com celular.
“O Alvorada é a casa do presidente. Ali é uma conversa mais informal, é onde ele recebe gente de confiança”, acrescentou o parlamentar.
Esse encontro em 20 de março com os irmãos Miranda já foi confirmado pelo próprio presidente da República.
Segundo Miranda, teria sido nessa conversa que Bolsonaro citou o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP). Até agora, como registramos mais cedo, o presidente não negou a informação. Barros continua negando qualquer irregularidade.
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