Nº 2 da Saúde responde a Doria e diz que percentual de doses “evolui”
Rodrigo Cruz, secretário-executivo do Ministério da Saúde, disse nesta quarta (4) que "não há um percentual fixo" para distribuição de doses de vacinas aos estados. "Não há um percentual fixo de distribuição de doses por cada estado. Então não há que se falar...
Rodrigo Cruz, secretário-executivo do Ministério da Saúde, disse nesta quarta (4) que “não há um percentual fixo” para distribuição de doses de vacinas aos estados.
“Não há um percentual fixo de distribuição de doses por cada estado. Então não há que se falar ‘o estado X recebe 10% de todas as doses, o estado Y recebe Y% de todas as doses”, disse Cruz, em pronunciamento à imprensa.
“Esse percentual de doses evolui na medida em que a gente evolui no nosso Programa Nacional de Imunização. Por quê? Ele é construído numa lógica para imunizar a população com o maior risco de contaminação, maior risco eventual de internação e óbito, e também levando em consideração a possibilidade de alguns grupos específicos serem vetores da transmissibilidade desse vírus”, acrescentou.
“Então, nenhum estado é prejudicado quando a gente estabelece uma pauta de distribuição”, alegou Cruz.
A situação foi revelada hoje por João Doria, em coletiva de imprensa. “São Paulo recebeu somente 50% das vacinas [da Pfizer] do Ministério da Saúde ontem [3]”, disse o governador.
Doria mostrou um ofício enviado a Queiroga e assinado também ontem pelo secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn. No texto, o secretário diz que a quantia da pauta mais recente de entregas “contraria o histórico aplicado até o presente momento”.
Números do próprio Ministério da Saúde dão força à tese de Doria.
Em uma distribuição no fim de julho, por exemplo, o estado de São Paulo recebeu 475.020 doses da vacina da Pfizer de um total de 2.104.110 doses, ou seja, cerca de 22% do total. Essa entrega está na 32ª pauta de distribuição.
Na entrega mais recente, São Paulo vai receber 228.150 de um total de 2.106.000 doses, ou seja, cerca de 10,8% do total.
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