Crítico do monitoramento do Pix pela Receita Federal, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) ultrapassou o presidente Lula (PT) em número de seguidores no Instagram.

“E por fim, passamos o Lula no Instagram. Um abraço e até a próxima”, escreveu o parlamentar no X na quarta-feira, 15.

Às 08h50 desta quinta, 16, Nikolas tinha 14,6 milhões de seguidores na rede social, enquanto Lula tinha 13,3 milhões.

E por que isso importa?

O deputado do PL publicou um vídeo para reclamar do monitoramento do Pix pela Receita Federal.

Em pouco mais de 24 horas, a gravação ultrapassou 120 milhões de visualizações no Instagram, o que não é nada bom para o governo Lula.

Agora, já são mais de 275 milhões de visualizações.

O vídeo que Lula publicou em seu perfil na mesma rede para desmentir os planos de taxar as movimentações feitas via Pix, no qual faz uma doação para pagar o estádio do Corinthians, na sexta-feira, 10, contava 15 milhões de visualizações na quarta-feira, 15, cinco dias depois.

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O recuo do governo sobre o Pix

Acuado por forte pressão popular, o governo Lula decidiu recuar e revogar a portaria da Receita Federal que ampliava o monitoramento das transações feitas por Pix.

“Vamos revogar o ato da Receita que mudou valores para monitoramento de movimentações financeiras”, disse o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, após reunião no Palácio do Planalto.

Segundo ele, “Pessoas inescrupulosas distorceram e manipularam o ato normativo da Receita Federal, prejudicando muita gente no Brasil, milhões de pessoas, causando pânico principalmente na população mais humilde”.

Segundo a CNN Brasil, o vídeo de Nikolas embasou a decisão.

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Desconfiança

“Pela continuidade do dano, vamos revogar esse ato. Um outro ato será anunciado e tramitará no Congresso”, afirmou Barreirinhas.

Na verdade, a medida gerou desconfiança de que o governo Lula, que não consegue cortar gastos, estava de olho no dinheiro de quem faz transações de mais de 5 mil reais por mês.

A desconfiança levou a quantidade de transações do Pix a cair mais do que o normal em janeiro, segundo dados do Banco Central.

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