Nicolas Puech, herdeiro da marca de luxo Hermès, alega perdas bilionárias por má gestão de patrimônio
Nicolas Puech, herdeiro da marca de luxo Hermès, acusou o ex-gestor de patrimônio Eric Freymond de perder sua fortuna.
Nicolas Puech, 81 anos, um dos herdeiros da renomada marca de luxo Hermès, afirma judicialmente que seu antigo gestor de patrimônio, Eric Freymond, foi o responsável pelo desaparecimento de suas ações. Estima-se que mais de 6 milhões de ações, que hoje valeriam US$ 13 bilhões (~R$ 74 bilhões), desapareceram devido a uma administração inadequada.
Segundo Puech, a perda dessas ações teria feito dele o maior investidor individual da Hermès, empresa famosa por suas bolsas Birkin e lenços de seda. As informações sobre o caso foram reveladas pela publicação investigativa suíça Gotham City.
Tribunal suíço rejeita alegações de Nicolas Puech
No início de julho de 2023, o tribunal suíço decidiu contra as alegações de Puech. Segundo o jornal Tribune de Genève, a suposta fraude seria “indetectável para mortais comuns”. Essa decisão foi tomada por falta de provas concretas de que Eric Freymond legalmente administrou mal a fortuna do herdeiro.
O tribunal apontou que não havia evidências de irregularidades ao longo das duas décadas em que Freymond geriu o patrimônio de Puech. Durante esse período, ao menos parte das ações em questão foram vendidas, o que torna ainda mais difícil comprovar a fraude.
Quem é Nicolas Puech?
Nicolas Puech é um dos descendentes de Thierry Hermès, fundador da famosa marca de moda de luxo de Paris em 1837. Solteiro e sem filhos, Puech chamou a atenção da mídia ano passado, quando revelou planos de adotar seu antigo jardineiro, um cidadão marroquino de 52 anos. O objetivo era torná-lo herdeiro de sua, até então, vasta fortuna.
Puech renunciou ao conselho fiscal da Hermès em agosto de 2014, mas ainda detém uma participação de 5% na empresa. Outros membros da família possuem a maior parte das ações, repartindo um patrimônio líquido estimado em US$ 155 bilhões (cerca de R$ 883,5 bilhões).
Como ocorreu a suposta má gestão de fortunas?
A história de Nicolas Puech reacende debates sobre a confiança necessária na gestão de grandes fortunas. A perda suposta de 6 milhões de ações, segundo ele, foi resultado de decisões equivocadas e falta de transparência. Aqui estão alguns pontos relevantes:
- Mudança de gerentes de patrimônio ao longo do tempo
- Vendas de ações não autorizadas
- Falta de relatórios financeiros claros
- Opções de investimento não lucrativas
Puech afirma que essas ações combinadas resultaram na sua significativa desvalorização de patrimônio, afetando diretamente sua posição entre os maiores investidores da Hermès.
O caso de Nicolas Puech ainda está em aberto, e a disputa jurídica continua. Esses eventos destacam a importância de escolher gestores financeiros confiáveis e manter uma constante vigilância sobre grandes patrimônios.
Por que a perda de fortunas é um perigo real para herdeiros?
Casos como o de Nicolas Puech não são isolados e trazem à tona os desafios que herdeiros de grandes fortunas enfrentam. Gestores de patrimônio e consultores financeiros desempenham um papel crucial na manutenção e crescimento dessas riquezas. Quando ocorrem erros de gerenciamento, as consequências podem ser devastadoras.
Para evitar tais perdas, é vital adotar algumas práticas:
- Realizar auditorias financeiras regulares
- Manter comunicação constante com consultores financeiros
- Investir em diversas áreas para evitar riscos isolados
- Fazer uso de contratos claros e legalmente verificados
A história de Puech serve como um lembrete para todos que gerem fortunas familiares, destacando a necessidade de práticas financeiras sólidas e confiáveis.
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