Newton Cannito na Crusoé: Lacração afugentou público do cinema brasileiro

25.03.2025

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Newton Cannito na Crusoé: Lacração afugentou público do cinema brasileiro

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 22.03.2025 08:36 comentários
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Newton Cannito na Crusoé: Lacração afugentou público do cinema brasileiro

Para fazer filmes que conquistem as pessoas, a arte deve estar livre de doutrinas ideológicas

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Newton Cannito na Crusoé: Lacração afugentou público do cinema brasileiro
Elaboração de roteiros virou ação coletiva. Inteligência artificial Grok

A vitória histórica do filme Ainda estou aqui no Oscar foi muito comemorada por todos, mas também trouxe um debate sobre desperdício de recursos da Agência Nacional de Cinema, a Ancine.

Um vídeo publicado no canal de Jurandir Gouveia e comentários feitos por Luiz Felipe D’ávila nas redes sociais expuseram os resultados parcos da Ancine.

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Os dados chocam. Um único exemplo: em 2023, a Ancine gastou 2,3 bilhões de reais do contribuinte, e retornou apenas 66 milhões de reais em bilheteria.

Todas as grandes nações têm um audiovisual forte. Os filmes ajudam a efetivar o soft power, quando um país consegue influenciar os demais, sem fazer ameaças ou usar a força.

O audiovisual é estratégico em todo projeto de nação e temos que fortalecê-lo.

Mas a pergunta que fica é: por que os filmes brasileiros não atingem um grande público?

Na Coreia do Sul, 53% dos ingressos vendidos são para filmes feitos por sul-coreanos.

No Brasil, essa taxa fica em torno de 15%.

Apesar de algumas exceções que ficam famosas, como Ainda estou aqui, o público brasileiro geralmente evita os filmes nacionais, porque acredita que eles são lacradores.

Querem convencer as pessoas sobre um certo ponto de vista, quase sempre de esquerda.

Essa realidade costuma ser negada ou ignorada nas análises sobre o cinema brasileiro.

Além disso, o aparelhamento ideológico tem piorado a qualidade artística dos filmes e afastado o público.

Tudo começa no sistema de avaliação dos projetos para o Fundo Setorial.

Hoje, na área audiovisual, todos as pessoas do mundo artístico já sabem: se querem passar pelo crivo dos pareceristas dos editais públicos, precisam usar as palavras-chaves da ideologia de esquerda woke.

O sujeito precisa começar lacrando, ainda na fase do projeto.

E os projetos também precisam ter lugar de fala. Por exemplo, se for um filme sobre a escravidão, o diretor tem que ser negro. E por aí vai.

Visões de mundo que não seguem a cartilha woke são renegadas.

Se o profissional quiser fazer um filme cristão, terá imensas dificuldades com editais.

Se pensar em fazer um filme pelo viés da direita sobre qualquer assunto, também terá problemas.

Esse aparelhamento ideológico já está normalizado e é controlado por critérios de avaliação autorreferentes.

A premiação em festivais de cinema é considerada um atestado de qualidade artística e conta pontos na avaliação dos projetos.

Mas, nos dias de hoje, um prêmio em festival é mais uma prova de fidelidade ideológica do que uma prova de qualidade, pois todos os festivais seguem o padrão da ideologia woke.

Tudo isso é justificado com o critério de ser “democrático”, pois os pareceristas e júris são indicados pela classe ou participam de editais de seleção.

Na verdade, a estratégia de aparelhamento político sempre usa as corporações.

O motivo é simples: é mais fácil controlar uma classe de profissionais do que o povo inteiro.

Ao dar o poder de decisão para a classe artística, o sistema da esquerda criou uma massa de pessoas que defendem essa ideologia e controlam festivais e pareceres.

E a hegemonia cultural de Gramsci, acontecendo na prática.

O resultado é uma mediocridade sistêmica em uma área em que o público exige excelência.

A política de cotas faz parte do aparelhamento.

O problema da cota é que ela foca no corpo do artista, em vez de focar na qualidade da obra.

Para o espectador do filme, nao importa se o diretor é mulher, negro ou trans. Importa a qualidade do filme.

Vamos fazer uma nova…

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