Nem uma nem outra CPI
Em rápida entrevista à imprensa ao chegar hoje à Câmara, Rodrigo Maia demonstrou baixa disposição em instalar a CPI -- armada pelo Centrão e pela oposição -- para investigar a força-tarefa da Lava Jato e Sergio Moro com base nas mensagens roubadas de celular...
Em rápida entrevista à imprensa ao chegar hoje à Câmara, Rodrigo Maia demonstrou baixa disposição em instalar a CPI — armada pelo Centrão e pela oposição — para investigar a força-tarefa da Lava Jato e Sergio Moro com base nas mensagens roubadas de celular.
Apresentou praticamente a mesma justificativa de Davi Alcolumbre para enterrar a CPI da Lava Toga: a não interferência do Legislativo nas atividades do Judiciário, em nome da harmonia entre os poderes.
Eis o que disse o presidente da Câmara:
“Vamos avaliar com calma, não tem pressa. Tem que avaliar se há fato determinado ou não. Se tiver fato determinado vou instalar; se não, não. Mas tudo com muito cuidado. É um tema muito sensível. Da mesma forma que a CPI do Judiciário é muito sensível, que também interfere no Judiciário, aqui também”, afirmou.
“Não podemos nunca interferir, numa CPI, no trabalho de um juiz ou no trabalho de um procurador. Uma investigação sobre isso seria inclusive inconstitucional. Você pode investigar um delito, um desvio, um crime cometido por um outro poder. Agora, qualquer decisão de abrir CPI contra outro poder, precisa ser muito bem avaliado. Por isso não tenho pressa e não é qualquer fato determinado que vai me fazer instalar essa CPI”.
“A gente fica olhando o que está acontecendo no Senado em relação à CPI da Lava Toga. A mesma instabilidade que se gerou pode estar se gerando com essa CPI aqui. O que a gente precisa é de harmonia, de equilíbrio”, finalizou.
Tudo indica que Maia e Alcolumbre, irmãos siameses, não vão instalar nem uma nem outra CPI.
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