Não vejo no curto prazo combate a desmatamento sem Forças Armadas, diz Mourão
Após reunião com investidores nacionais, Hamilton Mourão afirmou há pouco que não acredita ser possível o governo operar no combate ao desmatamento na Amazônia sem o emprego das Forças Armadas...
Após reunião com investidores nacionais, Hamilton Mourão afirmou há pouco que não acredita ser possível o governo operar no combate ao desmatamento na Amazônia sem o emprego das Forças Armadas.
Hoje, o governo prorrogou até novembro a Operação Verde Brasil 2, com uso das Forças Armadas na floresta amazônia em ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais, como o desmatamento ilegal, além de combater focos de incêndio.
Em entrevista, Mourão afirmou que a presença dos militares é necessária por causa da defasagem do órgãos ambientais, como ICMBio e Ibama.
“Não é que as Forças Armadas estão à própria sorte. Vamos lembrar que o governo está combatendo a epidemia (…). Então, estamos com duas situações complicadas ao mesmo tempo. Isso ainda em um país com recursos governamentais escassos. [Combater o desmatamento sem as Forças Armadas] É uma das responsabilidades que o Conselho da Amazônia vai colocar. Mas eu não vejo no curto prazo operar sem o apoio das Forças Armadas, porque eu preciso reconstruir a força de trabalho das agências ambientais.”
Segundo Mourão, há hoje uma defasagem de 50% no efetivo dos órgãos ambientais. Dos que trabalham, apenas um terço está no campo e a outra parte, em posições administrativas.
“E vamos lembrar que você tem pessoal que está em Abrolhos, pessoal que está em Parque Aparados da Serra, pessoal que está no Foz do Iguaçu. Não é só a Amazônia que o Ibama e o ICMBio tem que fiscalizar.”
Na reunião com os investidores, Mourão foi aconselhado a colocar uma meta de redução do desmatamento. O vice-presidente defendeu que é preciso reduzir ao “mínimo aceitável”.
“Hoje, para mim, é uma leviandade falar que vou cortar em 50% o desmatamento. Eu não tenho meios para dizer isso hoje. Eu prefiro que a gente consiga terminar o nosso planejamento para dizer que, daqui até 2022, vou reduzindo em x por cento até chegarmos a um ponto aceitável.”
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)