Não vai ter greve do metrô em São Paulo?
Os trabalhadores do Metrô decidiram suspender a greve, que aconteceria hoje, 22, e aguardar propostas do governo Tarcísio de Freitas
Os trabalhadores do Metrô de São Paulo decidiram suspender a greve que estava programada para ocorrer nesta quarta-feira, 22. A categoria decidiu esperar as propostas do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) até o próximo dia 5.
A decisão de suspender a greve foi apresentada pela diretoria do Sindicato dos Metroviários e aprovada em assembleia presencial realizada na noite de terça-feira, 21. Posteriormente, a decisão foi ratificada em votação virtual, informou reportagem da Folha de S. Paulo.
De acordo com o sindicato, mais de 2.500 pessoas participaram da votação. A recomendação para suspender a paralisação ocorreu após uma audiência de conciliação na Justiça do Trabalho na tarde de terça-feira.
Decisão de suspender a greve
A indicação para a greve havia sido aprovada na semana passada e seria ratificada em assembleia realizada na noite de terça-feira. No entanto, durante a assembleia, foi proposta a suspensão.
De acordo com a reportagem do jornal paulistano, o Metrô enviou uma carta à entidade informando que fará propostas até o dia 5 de junho, incluindo melhorias nos pagamentos do programa de resultados. A carta também menciona pagamentos de diferenças salariais, atenção aos pais ou responsáveis por dependentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), retorno do serviço de transporte no estacionamento Pátio Belém e regularização da sede do sindicato.
Outros pontos da pauta de reivindicações serão analisados e respondidos até o dia 5 de junho de 2024, de acordo com trecho do texto juntado à ata da audiência na Justiça do Trabalho.
Nova assembleia
Uma nova assembleia está marcada para às 18h30 do dia 5 de junho, para analisar as propostas apresentadas.
A categoria reivindica aumento salarial e de benefícios, recontratação dos demitidos na última paralisação no ano passado, e a abertura de concursos públicos para novas admissões. Além disso, os metroviários também protestam contra privatizações no transporte público estadual.
Na última sexta-feira, 17, a Justiça do Trabalho da 2ª Região determinou que os trabalhadores do Metrô operassem com 100% do efetivo em horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e com 50% nos demais períodos em caso de greve, até o julgamento do caso.
A decisão foi parcialmente atendida pelo desembargador Davi Furtado Meirelles, que acatou o pedido do Metrô. A empresa estatal pleiteava percentuais de 100% e 80% para os horários de pico e demais intervalos, respectivamente, além da aplicação de multa diária em caso de interrupção dos serviços.
O magistrado também determinou uma multa diária de R$ 100 mil tanto para o Sindicato dos Metroviários quanto para o Metrô, caso qualquer uma das partes criasse obstáculos ao acesso dos trabalhadores, vagões nas vias e nos pátios ou impedisse o livre trânsito dos vagões de transporte público nos trilhos metroviários.
Metrô pede R$ 7 milhões a sindicato por greve
No ano passado, o Metrô de São Paulo entrou com uma ação na Justiça exigindo o pagamento de R$ 7,1 milhões pelos prejuízos financeiros decorrentes de uma paralisação em outubro, além de uma indenização por danos morais relacionados à imagem da empresa.
O valor de R$ 7.129.589,31 foi calculado pela Gerência de Planejamento Financeiro da companhia.
Em relação à indenização por danos morais, o Metrô solicita que seja feito um cálculo pelo próprio tribunal. A justificativa é o suposto impacto negativo causado pela greve na imagem da empresa e na confiança da população em relação aos serviços oferecidos.
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