12.05.2022
“Não sei de onde Fachin tirou esse fantasma”, diz Bolsonaro, sobre possível interferência nas eleições
Em sua live semanal, Jair Bolsonaro rebateu o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, que criticou uma tentativa de interferência das Forças Armadas nas eleições deste ano...
Em sua live semanal, Jair Bolsonaro rebateu o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, que criticou uma tentativa de interferência das Forças Armadas nas eleições deste ano.
Hoje, durante entrevista coletiva, Fachin declarou que “quem trata de eleições são as forças desarmadas”, em referência à participação de integrantes do Ministério da Defesa na Comissão de Transparência das Eleições.
“Quem trata de eleição são forças desarmadas e, portanto, dizem respeito à população civil que de maneira livre e consciente escolhe seus representantes. Logo, diálogo sim, colaboração sim, mas a palavra final é da Justiça Eleitoral”, disse o magistrado.
O presidente da República, por sua vez, declarou que Fachin criou um “fantasma”.
“Eu não sei de onde ele está tirando esse ‘fantasma’ que as Forças Armadas querem interferir na Justiça Eleitoral”, falou.
Em seguida, Bolsonaro disse que não tem intenção de atacar as eleições e que foi o TSE que convidou as Forças Armadas a participar da Comissão de Transparência das Eleições. No ano passado, o então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, convidou as Forças Armadas a fazer parte do colegiado, após Jair Bolsonaro insistentemente atacar a lisura das eleições brasileiras.
“O senhor [Fachin] tem o poder de revogar a portaria [sobre a Comissão de Transparência], mas enquanto a portaria estiver em vigor, as Forças Armadas foram convidadas e eu, como chefe supremo das Forças Armadas, e determinei que procedam da melhor forma”, afirmou o presidente.
“Não existe interferência [das Forças Armadas]. Ninguém quer impor nada, ninguém quer atacar as urnas, ninguém quer atacar a democracia, nada disso. Ninguém está fazendo aí atos antidemocráticos, pelo amor de Deus. A transparência de eleições é questão de segurança nacional. Então, as Forças Armadas vão continuar fazendo o seu trabalho, a não ser que o ministro revogue a portaria”, declarou.
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