“Não posso ficar remoendo”, diz Lula sobre golpe de 1964
Petista já havia descrito o golpe de 1964 como uma "revolução", aderindo ao discurso de Bolsonaro, criticado diversas vezes
Lula minimizou a ditadura civil-militar de 1964 em sua entrevista gravada à RedeTV transmitida na noite de quarta-feira, 27 de fevereiro.
O petista afirmou que não quer “ficar remoendo sempre” em relação à memória da repressão.
Ele havia sido questionado sobre o impacto do legado da ditadura sobre a relação do governo com as Forças Armadas atualmente.
“Eu, sinceramente, vou tratar da forma mais tranquila possível. Eu estou mais preocupado com o golpe de 8 de janeiro de 2023 do que com 64. Eu tinha 17 anos de idade, estava dentro da metalúrgica Independência quando aconteceu o golpe de 64”, disse Lula.
“Isso já faz parte da história. Já causou o sofrimento que causou. O povo já conquistou o direito de democratizar esse país”, acrescentou.
Então, Lula afirmou: “O que eu não posso é não saber tocar a história para frente, ficar remoendo sempre, remoendo sempre, ou seja, é uma parte da história do Brasil que a gente ainda não tem todas as informações”.
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Lula já chamou golpe de 64 de “revolução”?
Em entrevista à Rádio Gaúcha no final de junho de 2023, Lula (foto) chamou o golpe militar de 1964 de “revolução”.
O petista cometeu a gafe enquanto respondia se participaria da articulação política do governo com o Congresso para a aprovação da reforma tributária.
“Vai ser a primeira reforma tributária montada num regime democrático. A última reforma tributária nossa foi depois da Revolução de 64”, disse.
Ao chamar o golpe militar de “revolução”, Lula aderiu ao discurso de Jair Bolsonaro, criticado diversas vezes por defender a ditadura militar.
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