“Não foi para ofender ninguém”, diz Jaques Wagner sobre PEC do STF
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, foi cobrado pelo ministro do STF Gilmar Mendes após voto pela PEC que limita as decisões monocráticas da Corte
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, voltou a comentar nesta segunda-feira, 27, o seu voto pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita as decisões monocráticas do Supremo Tribunal Federal (STF). À exceção de Jaques Wagner, todos os petistas votaram contra o texto aprovado pelo Senado na semana passada.
“Não foi para ofender ninguém. Eu, quando votei ali, não foi para afrontar o Supremo Tribunal Federal. Alguns entenderam assim. A esses, eu já disse: ‘Peço desculpas, sem reconhecer minha culpa’. Meu voto foi muito ao contrário disso. Foi até para distensionar essa coisa que se colocou contra ou a favor do Supremo”, afirmou o senador.
Como noticiamos, o voto de Jaques Wagner causou “surpresa” no Palácio do Planalto, que trabalhava nos bastidores para que a PEC do STF fosse derrotada no Senado. O texto recebeu 52 votos pela aprovação, três a mais do que o mínimo necessário. A avaliação dentro do PT foi de que o voto do líder governista foi determinante para que outros senadores da base governista também apoiassem o texto.
Além disso, o voto do petista provocou reações entre os ministros do Supremo, entre eles o decano da Corte, Gilmar Mendes. “Recebi só uma ligação do ministro Gilmar Mendes. Óbvio que ele não estava satisfeito”, admitiu o líder do governo.
Na última quinta-feira, 23, após ser pressionado, Jaques chegou a publicar, em uma rede social, que seu voto foi “estritamente pessoal, fruto de acordo que retirou do texto qualquer possibilidade de interpretação de eventual intervenção do Legislativo”.
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