Não faz sentido negar socorro porque variante de Manaus já está disseminada, diz pesquisador
O pesquisador Bruno Filardi, diretor científico do Instituto do Câncer Brasil, comentou nesta quinta (28) a declaração de Luiz Henrique Mandetta de que a transferência de pacientes de Manaus pode ajudar a criar uma "mega epidemia" em 60 dias...
O pesquisador Bruno Filardi, diretor científico do Instituto do Câncer Brasil, comentou nesta quinta (28) a declaração de Luiz Henrique Mandetta de que a transferência de pacientes de Manaus pode ajudar a criar uma “mega epidemia” em 60 dias.
“Não faz sentido negar socorro por medo de uma variante”, disse Filardi a O Antagonista. “E não tenho dúvida que essa variante [de Manaus] já se espalhou pelo Brasil”.
Dados informais e preliminares de um pesquisador da Fiocruz consultados por Filardi sugerem que a variante identificada em Manaus de fato é transmitida com mais facilidade, com o número de reprodução próximo a 3. Isso significa que 100 pessoas transmitem o vírus para outras 300, mas não há dados para saber se a nova cepa é mais letal.
O número de reprodução da variante no resto do Brasil, afirma Filardi, vai depender de muitos fatores, como o uso de máscaras e o distanciamento social. “Se a gente usar máscara, vai cair; se a gente respeitar o distanciamento social, vai cair”, disse. A imunidade de pessoas já recuperadas e aquela adquirida pela vacinação também podem contribuir para frear a disseminação.
“Não espero nas regiões com um bom sistema de saúde uma catástrofe”, disse Filardi.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)