“Não faz sentido falar em anistia”, diz Gilmar
Ministro do STF defendeu ainda a manutenção de Moraes na relatoria do inquérito sobre suposta tentativa de golpe de Estado
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quinta-feira, 21, não “fazer sentido” a discussão sobre anistia a envolvidos nos ataques à Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, após a Polícia Federal (PF) conflagrar a Operação Contragolpe na terça-feira, 19.
“Não faz sentido algum falar em anistia diante da gravidade do delito e dos delitos que estão sendo ainda investigados. Não houve nesse caso sequer denúncia por parte do Ministério Público“, afirmou Gilmar em evento em São Paulo.
Gilmar defendeu a continuidade do ministro Alexandre de Moraes na relatoria do caso. Segundo ele, o ministro “tem sido relator desse processo e, por isso, tem sido vítima dos ataques“:
“Seria absurdo afastá-lo por isso em um tribunal que tem apenas 11 ministros. Eram alvos o presidente e o vice-presidente da República, outros ministros… Seria muito fácil engendrar o impedimento do tribunal inteiro dizendo que todos eram alvos de ataques, e muitos de nós, certamente, fomos alvo de ataques.”
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Barroso defende punição
Na mesma linha de Gilmar, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, disse ser “importante” a punição de envolvidos nos ataques de 8 de janeiro:
“Acho que tem que punir quem tem que punir. O país tem muita dificuldade de punir. A gente não pune na medida certa, e as pessoas não se corrigem. “
Na última quinta-feira, 14, Barroso já tinha criticado a ação do homem que atirou explosivos contra o prédio do STF, em Brasília, e a possibilidade de anistia a quem “tenha o mesmo tipo de comportamento”.
Segundo ele, as pessoas “naturalizaram o absurdo” e que “querem perdoar sem antes sequer condenar”.
Barroso abriu uma a sessão do Supremo, na última quarta-feira, 13, pedindo para que faça “uma reflexão profunda sobre o que está acontecendo” no país.
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