Não faz diferença, Lula
Em parecer enviado ontem ao TRF-4, o procurador Mauricio Gotardo Gerum afirmou que o ex-executivo da Odebrecht Carlos Augusto Guedes Paschoal teve um papel secundário, como colaborador, na condenação de Lula no processo do sítio de Atibaia...
Em parecer enviado ontem ao TRF-4, o procurador Mauricio Gotardo Gerum afirmou que o ex-executivo da Odebrecht Carlos Augusto Guedes Paschoal teve um papel secundário, como colaborador, na condenação de Lula no processo do sítio de Atibaia.
Em julho, num processo por improbidade em São Paulo, ele afirmou que foi “quase coagido” em seu acordo de delação; depois, em agosto, retificou o depoimento, afirmando que prestou todas as informações de forma livre e espontânea e que se equivocou ao falar em coação.
Lula quer incluir o primeiro depoimento no recurso em que busca derrubar sua condenação.
Para Gerum, isso não fará a menor diferença no resultado.
“Em relação a este crime há as provas testemunhais de Alexandrino Alencar, Emílio Odebrecht, Rogério Aurélio, Emyr Diniz Costa Júnior, Frederico Barbosa, Fernando Bittar, Élcio Pereira Vieira, além das declarações do próprio réu Luiz Inácio, que confirma as obras. Não bastasse a prova testemunhal, há ainda consistente prova documental, como e-mails, planilhas, registros em agendas, relatório de informações telefônicas e notas fiscais apreendidas no apartamento do réu Luiz Inácio”, afirmou o procurador no parecer.
E emendou:
“Carlos Paschoal teve uma atuação secundária no esquema, sem o conhecimento mais aprofundado da corrupção que era praticada nos mais altos escalões da empresa, o que ensejou inclusive a manifestação ministerial em segundo grau para que seja beneficiado com a concessão do perdão judicial.”
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