“Não enganei ninguém”, diz Rubinho Nunes sobre CPI do padre Júlio
O vereador Rubinho Nunes (União Brasil), autor do pedido de CPI do padre Júlio Lancellotti, afirma não ter enganado...
O vereador Rubinho Nunes (União Brasil), autor do pedido de CPI do padre Júlio Lancellotti, afirma não ter enganado ninguém sobre o conteúdo do que quer investigar.
O pedido de CPI não faz nenhuma menção ao nome do padre. A associação se deu após a repercussão de mensagens postadas pelo próprio parlamentar em suas redes.
“Não é correto afirmar que enganei ou que ludibriei qualquer colega. No momento da coleta de assinaturas, sempre deixei muito claro o objetivo da CPI e que o padre poderia ser investigado”, disse o vereador ao Estadão.
“No ato de coleta de assinaturas, sempre deixei muito claro sobre o que se tratava. E volto a dizer, não é um ato de perseguição à Igreja, mas, sim, uma fiscalização na pessoa, no indivíduo do Lancellotti, o qual não se confunde com o sacerdote e muito menos com a Igreja”, acrescentou.
O pedido foi protocolado com 25 assinaturas no início de dezembro, o mínimo necessário era 19. A retirada de assinaturas após o pedido ser protocolado não é válida.
O vereador Nunes explicou que a investigação das ONGs que atuam no centro da cidade foi uma sugestão dos moradores da região, principalmente aqueles que vivem no entorno da cracolândia. As entidades são acusadas de se beneficiar do aumento da população em situação de rua por meio de repasses e doações.
A proposta será apreciada pelas lideranças juntamente com o presidente da Câmara, vereador Milton Leite (União Brasil), no início de fevereiro. Se aprovada pela maioria, a abertura da CPI será votada em plenário em duas etapas. A primeira etapa irá avaliar a abertura de uma nova CPI e, a segunda, qual proposta será aprovada. São necessários 28 votos favoráveis em cada uma das etapas.
Apesar dos esforços para retirar as assinaturas, o regimento interno da Câmara determina que uma vez protocolado, o requerimento não pode ser alterado.
Ricardo Nunes contra a CPI
Em uma reunião com vereadores aliados, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) solicitou que não apoiem a criação da CPI das ONGs na Câmara Municipal de São Paulo. A comissão pretende investigar o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, Nunes afirmou durante a reunião, realizada, na noite de segunda-feira, 8, que não acredita que uma investigação contra Júlio Lancellotti possa contribuir para a cidade. Além disso, comprometeu-se a afirmar que o padre não possui contrato com a prefeitura, caso seja convocado para depor. O prefeito também ressaltou que a CPI não possui apoio político suficiente para ser instaurada.
Na primeira semana de janeiro, sete parlamentares de partidos aliados do prefeito retiraram o apoio à criação da CPI. São eles: Sidney Cruz (Solidariedade), Nunes Peixeiro (MDB), Thammy Miranda (PL), Xexéu Tripoli (PSDB), Sandra Tadeu (União Brasil), Milton Ferreira (Podemos) e Beto do Social (PSDB).
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