“Não é ‘fora, Bolsonaro’, por enquanto”, diz líder de ato na Paulista
O corintiano Danilo Pássaro, um dos organizadores da manifestação contra o governo, ontem, na Avenida Paulista, afirmou que, "por enquanto", o lema do movimento ainda não é o "fora, Bolsonaro"...
O corintiano Danilo Pássaro, um dos organizadores da manifestação contra o governo, ontem, na Avenida Paulista, afirmou que, “por enquanto”, o lema do movimento ainda não é o “fora, Bolsonaro”.
“A gente ainda não levantou essa bandeira. Vou até confessar que muitos entre nós votaram no Bolsonaro — a grande maioria se arrependeu, mas muita gente votou. Não digo que é de direita, mas o senso comum, são pessoas que não são politizadas. Não é ‘fora, Bolsonaro’, por enquanto. Eu, particularmente, sou [favorável à saída do presidente], mas acho que, no momento, não vale a pena entrar na polarização política”, disse Pássaro ao UOL.
Perguntado sobre os riscos de realizar uma manifestação em meio à epidemia de Covid-19, Pássaro disse:
“Somos totalmente a favor do distanciamento social. A gente entende a necessidade de se cumprir todas as recomendações das autoridades de saúde. Só que sou historiador. Faço a avaliação de que a história é feita de contradições, muitas vezes a gente tem que assumir alguns riscos. A gente precisa, sim, assumir esse risco. O governo [Bolsonaro] está se aproveitando da pandemia, que depois pode acabar em um caos, e isso vai dar uma boa justificativa para ele impor a sua saída autoritária, já que ele não garantiu uma política de proteção social para que as pessoas fiquem em casa. Ele não tem uma política séria de combate aos efeitos na economia, não há garantia de que manterão os empregos.”
O ativista afirmou ainda que não havia bandeiras de partidos políticos no ato de ontem.
“Partidos e movimentos nos procuraram querendo participar do ato, querendo somar. Pedi que não tivesse bandeiras políticas. Porque, justamente, a nossa rapaziada, ninguém ali é militante político, a gente é torcedor do Corinthians, só que a gente tem o princípio da democracia. […] A maioria era da Gaviões [da Fiel], mas não estávamos lá como torcida organizada. Organizamos de forma autônoma, porque a gente entende, como cidadão brasileiro, que a gente precisa defender a democracia de uma escalada autoritária no país.”
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