Na Opep+, Brasil não terá cotas de produção, diz Jean Paul Prates
O Brasil está prestes a ingressar na Opep+, grupo que reúne os principais produtores de petróleo do mundo e seus aliados, como a Rússia. No entanto, diferentemente dos demais membros, o país não participará do sistema de cotas de produção...
O Brasil está prestes a ingressar na Opep+, grupo que reúne os principais produtores de petróleo do mundo e seus aliados, como a Rússia. No entanto, diferentemente dos demais membros, o país não participará do sistema de cotas de produção.
A informação foi confirmada pelo presidente-executivo da Petrobras, Jean Paul Prates, em entrevista.
Segundo Prates, o Brasil terá um papel de cooperação e observação das decisões tomadas pelo grupo. Ele ressaltou que a participação do país não implicará em estabelecer cotas para sua produção de petróleo. A Petrobras, como uma empresa aberta no mercado, não pode ser submetida a esse tipo de restrição.
O possível ingresso do Brasil na Opep+ foi anunciado durante uma reunião do grupo, na última quinta-feira, 30, que contou com a presença do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Na ocasião, Silveira informou que o presidente Lula confirmou a carta de cooperação com o grupo de países produtores de petróleo a partir de janeiro de 2024. Uma equipe técnica do governo está analisando o convite recebido.
A decisão final sobre o ingresso do Brasil na Opep+ será tomada em junho do próximo ano, após uma análise das regras de funcionamento da plataforma. Na reunião prevista para essa data, em Viena, o Brasil poderá manifestar oficialmente seu interesse em participar como membro observador.
De acordo com fontes consultadas por agências internacionais, o Brasil não deverá aderir ao sistema de cotas de produção da Opep+. Isso se deve, principalmente, à resistência da Petrobras, que busca aumentar sua extração no país para ampliar a oferta de derivados no mercado interno. Além disso, a empresa obtém importantes receitas com as exportações de petróleo.
Atualmente, o Brasil é o maior produtor de petróleo da América do Sul, com uma produção diária de 4,66 milhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás) em setembro.
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