Na década de 80, Wassef integrou grupo que buscava verdade universal em contatos com ‘alienígenas’
Circula nas redes desde ontem a notícia de que Frederick Wassef foi acusado no início da década de 1990 de ter integrado um seita responsável por sacrifícios de crianças, no caso que ficou conhecido como 'As Bruxas de Guaratuba'. Na ocasião, a Polícia Civil tentou sem sucesso elucidar os desaparecimentos de Leandro Bossi e Evandro Caetano. O delegado responsável pela investigação chegou a pedir a prisão dos líderes do grupo e também do hoje advogado de Jair Bolsonaro...
Circula nas redes desde ontem a notícia de que Frederick Wassef foi acusado no início da década de 1990 de ter integrado um seita responsável por sacrifícios de crianças, no caso que ficou conhecido como ‘As Bruxas de Guaratuba’.
Na ocasião, a Polícia Civil tentou sem sucesso elucidar os desaparecimentos de Leandro Bossi, então com 5 anos, e Evandro Caetano, na época com 6 anos. O delegado responsável pela investigação chegou a pedir a prisão dos líderes do grupo e também do hoje advogado de Jair Bolsonaro.
As acusações existiram, mas acabaram arquivadas por falta de provas – assim como foram rejeitados pela Justiça os pedidos de prisão. A juíza Anésia Edith Kowalski determinou a anulação do inquérito, que teve de ser refeito.
A suposta seita não era seita e nem sacrificava crianças, mas uma associação chamada Lineamento Universal Superior (LUS), com sede na Argentina e que buscava a “verdade universal” por meio de contato com “seres cósmicos”.
Em termo de declaração à Polícia Civil do Paraná, Frederick Wassef disse que teve contato com a LUS em 1988, ao comprar numa banca de jornais o livro “Deus, A Grande Farsa”, de Valentina Andrade, líder do grupo.
A obra trazia em síntese a biografia de Valentina e sua “experiência nos primeiros contatos com seres alienígenas que vinham a este mundo para trazer as respostas e ou verdades do mundo em que nós vivemos”.
“O livro revela que Deus não é o criador do Universo, digo, não seria o responsável pelas aflições e sofrimentos que a humanidade passa, mas sim um ser representante do mau (SIC), que também se denomina ‘deus’ por acaso.”
Wassef narrou à Civil que teve grande curiosidade em contatar a autora e depois passou a integrar o grupo, mas que não “chegou a fazer nenhuma contribuição ou doação”. E que sempre foi muito bem tratado por Valentina, que o chamava de “filho”.
Ele conta ainda que o grupo proibia o “uso de droga, prostituição, abuso de confiança e falta de respeito”. Abaixo, o termo de declaração de Wassef, obtido pelo jornalista paranaense Ivan Mizanzuk, que está escrevendo um livro sobre o caso.
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