Na contramão de Lula, PT vai apoiar atos dos 60 anos do golpe militar
Partido defendeu atos mesmo após Lula vetar evento do governo que relembraria os “perseguidos” pela ditadura
O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou nota nesta quinta-feira, 28, defendendo os atos para lembrar os 60 anos do golpe militar de 1964. O movimento vai na contramão do presidente Lula (PT), que desautorizou o ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida, realizar um ato que relembraria os “perseguidos” pela ditadura.
Segundo nota assinada pelo deputado Odair Cunha (MG), líder do PT na Câmara, “passados 60 anos do golpe militar de 1964, é imperativo recordar e repudiar veementemente esse triste capítulo da história brasileira, em nome da justiça, da memória e da verdade”.
“Nesse sentido, é fundamental a recriação imediata da Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, que funcionou plenamente nos primeiros governos Lula e no governo Dilma, tendo sido extinta pelo governo passado. Trata-se de instrumento essencial para investigar, esclarecer e reconhecer os casos de mortos e desaparecidos políticos em nosso país”, afirmou o partido.
Apesar disso, Lula vetou os atos do governo para relembrar a data. O movimento faz parte da estratégia do petista para tentar se aproximar dos militares.
“Eu, sinceramente, vou tratar da forma mais tranquila possível. Eu estou mais preocupado com o golpe de 8 de janeiro de 2023 do que com 64. Eu tinha 17 anos de idade, estava dentro da metalúrgica Independência quando aconteceu o golpe de 64”, disse Lula em entrevista para a Rede TV!
Na quarta-feira, 27, durante cerimônia de lançamento do submarino Tonelero, em Itaguaí (RJ), Lula disse ter “carinho” pelas Forças Armadas do Brasil, que são “altamente qualificadas” para garantir a paz.
“Esse carinho que temos com a Marinha, que nós temos com a Força Aérea Brasileira, com a Aeronáutica e com o Exército brasileiro, porque um país do tamanho do Brasil precisa ter forças armadas altamente qualificadas, altamente preparadas ao ponto de dar respostas e garantir a paz quando nosso país precisar”, declarou.
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