O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira (foto), desembarcou neste domingo em Ramallah, na Cisjordânia, onde participou da cerimônia de outorga ao presidente Lula do título de Membro Honorário do Conselho dos Curadores da Fundação Yasser Arafat.

Em discurso, Vieira voltou a criticar Israel e a comunidade internacional “pela clara insuficiência da ajuda humanitária desde o início do atual conflito” na Faixa de Gaza. 

“Permitam-me que o diga em alto e bom som. É ilegal e imoral privar as pessoas de alimentos e água. É ilegal e imoral atacar comboios humanitários e pessoas que procuram ajuda. É ilegal e imoral impedir que os doentes e feridos tenham acesso a material médico essencial. É ilegal e imoral destruir hospitais, locais religiosos e sagrados, cemitérios e abrigos”, disse.

Vieira foi recebido pelo primeiro-ministro palestino Mohammad Shtayyeh e pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.

Mauro Vieira tenta explicar falas de Lula

O chanceler Mauro Vieira participou na última quinta-feira, 14, de uma sessão da Comissão de Relações Exteriores do Senado para prestar esclarecimentos sobre a crise diplomática do Brasil e Israel. 

O ministro foi questionado em razão das falas do presidente Lula (PT) ao comparar a ofensiva militar em Gaza às ações de Adolf Hitler no Holocausto.

As declarações provocaram uma crise diplomática entre Brasil e Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que o petista “desonrou a memória dos judeus” e que ele “deveria ter vergonha”.