Mulher que levou ‘tio morto’ a banco seguirá presa
Érika de Souza Vieira Nunes foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver
A Justiça do Rio de Janeiro decidiu nesta quinta-feira, 18, manter a prisão de Érika de Souza Vieira Nunes, mulher que levou o ‘tio’ Paulo Roberto Braga, de 68 anos, a um banco de Bangu, na zona oeste do Rio, para sacar, depois de morto, um empréstimo de 17 mil reais.
Ela foi presa em flagrante na terça-feira, 16, por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver.
O laudo de exame de necropsia elaborado pelo Instituto Médico Legal (IML) concluiu não ser possível determinar se Paulo Roberto Braga morreu antes ou depois de chegar ao banco.
No documento, o perito responsável pelo exame afirmou que o óbito pode ter ocorrido entre 11h30 e 14h30. Contudo, não há elementos seguros para dizer que a vítima morreu no trajeto para a agência.
O perito disse ainda que a aparência de Paulo Roberto Braga era a de um “homem caquético”.
A causa da morte, segundo o laudo, seria o engasgo com algum alimento, seguido por broncoaspiração.
Motorista e mototaxista dizem que idoso estava vivo
Tanto o motorista de aplicativo que levou Érika e Paulo Roberto à agência bancária de Bangu quanto um mototaxista que ajudou a colocá-lo no carro afirmaram à polícia que o idoso estava vivo quando entrou no veículo.
Em depoimento, o motorista de aplicativo disse que Paulo segurou a maçaneta do carro ao ser retirado do carro em um shopping próximo à agência bancária.
Já o mototaxista que ajudou Érika a colocar Paulo Roberto no carro contou à polícia, em depoimento, que “pegou Paulo pelos braços, com a ajuda de Erika, e o levou para dentro do carro, que já estava aguardando”.
Ele também disse que “quando pegou Paulo, conseguiu perceber que ele ainda respirava e tinha forças nas mãos; que até percebeu quando ele segurou na porta do carro quando entrou”.
Vídeo
A tentativa de Érika fazer com que Paulo Roberto assinasse a documentação para o empréstimo foi registrada em vídeo.
Nas imagens, ela segura a cabeça do morto e diz: “Assina para não me dar mais dor de cabeça, ter que ir no cartório. Eu não aguento mais”.
“Tio Paulo, precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como. Eu não posso assinar pelo senhor, o que eu posso fazer, eu faço. Igual ao documento aqui: Paulo Roberto Braga. O senhor segura (a caneta). O senhor segura forte para caramba a cadeira aí.”, acrescentou.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)