Mulher briga na justiça para não ter casa demolida
Em 2021, a Justiça decretou um despejo temporário, o que levou Andrea e seu irmão, que possui deficiência, a enfrentarem condições adversas.
Andrea Góes vive há 55 anos no edifício localizado no centro do Recife. A história dela e de sua família é marcada pela luta para permanecer em um local simbólico e cheio de memórias. Em 2021, a Justiça decretou um despejo temporário, o que levou Andrea e seu irmão, que possui deficiência, a enfrentarem condições adversas.
Após retornarem da estadia forçada na casa de vizinhos, eles se depararam com a residência em estado de abandono e vandalismo. Andrea relatou que criminosos invadiram o imóvel, causando danos significativos. “Minha casa… Ela foi quase destruída porque entraram uns bandidos e levaram as janelas, as portas. Tive que comprar tudo de novo”, contou.
Entenda a História do Edifício 13 de Maio
O Edifício 13 de Maio, situado na Rua da União, 515, Boa Vista, começou a ser construído na década de 1950, mas nunca foi concluído. Nos anos 1970, a Construtora União, responsável pela obra, ofereceu ao padrasto de Andrea, que trabalhava como eletricista na construção, uma parte do lote de terra. Assim, a família passou a morar no terreno desde então.
Com o tempo, a casa que começou pequena e de madeira foi ampliada. Andrea lembra com carinho da transformação: “A gente morava lá no edifício e veio para aqui. Começou como uma casinha simples, de madeira, e foi reformando. Agora está melhorzinha”. Porém, após a doença de sua mãe, as obras de melhoria tiveram que ser interrompidas.
Por que Andrea Góes foi Despejada?
Em 2019, a Prefeitura do Recife entrou com um processo na Justiça solicitando a demolição do Edifício 13 de Maio, alegando risco estrutural. No ano seguinte, a Justiça autorizou a demolição, mas a demora no andamento do processo levou a novos conflitos. Em 2021, Andrea e seu irmão foram temporariamente despejados, mas retornaram após alguns meses. No entanto, agora em 2024, a Justiça reafirmou a necessidade da demolição.
- Construção do Edifício 13 de Maio iniciada na década de 1950
- Família de Andrea vivia no terreno desde os anos 1970
- Despejo temporário em 2021
- Nova ordem de desocupação em 2024, com prazo de 15 dias
Quais são as Medidas da Prefeitura para Casos como de Andrea?
Procurada pela imprensa, a Prefeitura do Recife afirmou que a desocupação do imóvel de Andrea Góes é necessária devido ao risco de desabamento. A gestão municipal salientou que a área em risco inclui não só a casa, mas todo o entorno do Edifício 13 de Maio. Além disso, a prefeitura garantiu que adotará medidas para proteger os transeuntes da área.
Sobre garantir moradia para Andrea e seu irmão, a Prefeitura acrescentou que até sexta-feira (16), ainda não tinha sido oficialmente notificada pela Justiça. No entanto, a gestão municipal deixou claro que está trabalhando para assegurar uma relocação segura para a família.
O Que Esperar do Desfecho desse Caso?
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) emitiu um alerta para que a demolição do Edifício 13 de Maio fosse acelerada, o que deve ocorrer nos próximos meses. A residência da família de Andrea só poderá ser ocupada novamente após a demolição, caso a Justiça decida a favor da permanência deles no terreno. Até lá, a vida de Andrea e seu irmão continua em suspenso, aguardando por uma solução definitiva.
Em resumo, a história de Andrea Góes é uma montanha-russa emocional, repleta de desafios e superações. A cada obstáculo, ela demonstra uma força admirável, lutando para manter as memórias e a história de sua família viva no coração do Recife.
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