Mudanças no Cadastro Único de programas sociais
Mudanças no Cadastro Único de programas sociais, o que esperar.
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) está implementando alterações significativas no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
O objetivo é acelerar a verificação de informações sobre a renda das pessoas e, assim, modernizar o sistema.
A digitalização e integração da base de dados devem estar concluídas até o primeiro trimestre de 2025.
Atualmente, o CadÚnico é fundamental para a concessão de benefícios sociais como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas).
No entanto, o processo de cruzamento de dados tem sido lento devido à fragmentação das informações. Com a modernização, espera-se uma maior eficiência e precisão.
Quais serão as mudanças no Cadastro Único?
Hoje, ao solicitar participação em programas assistenciais, basta que o cidadão realize a autodeclaração de renda e a assine.
No entanto, com as novas alterações, o governo irá cruzar dados de diversas fontes, tanto públicas quanto privadas, para verificar as informações fornecidas.
O objetivo é evitar fraudes e pagamentos indevidos.
Entre as principais mudanças, destacam-se a exigência de biometria e reconhecimento facial para os beneficiários.
Outro ponto importante é o início do recadastramento do BPC/Loas, que ocorrerá no próximo mês, como parte de um pacote de medidas para reduzir os gastos.
Como será o acesso ao novo sistema?
De acordo com Wellington Dias, as prefeituras que administram os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e ajudam a alimentar o CadÚnico terão acesso ao novo sistema.
A Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único, responsável pela integração de dados sobre renda, escolaridade, documentação, insegurança alimentar e risco social, estima que cerca de 40 mil operadores do sistema nos municípios serão impactados pelas mudanças.
Na nova plataforma, a inclusão ou atualização dos dados das famílias será feita de forma automática e online no momento do cadastro.
Dessa maneira, processos que antes eram bimestrais ou trimestrais serão realizados a cada nova entrada ou atualização, garantindo um ganho imediato de qualidade para a base cadastral.
Quais são os desafios do governo com o CadÚnico?
Um dos grandes desafios do governo com o CadÚnico é a variação na renda familiar.
Por exemplo, se um membro da família consegue um emprego que ultrapassa o limite de ganho permitido para o auxílio, como é o caso do BPC, a renda per capita deve ser ajustada.
Atualmente, para ter direito ao BPC, a renda per capita deve ser de até um quarto do salário mínimo, ou metade do piso salarial em algumas condições específicas.
“Estamos falando de um cadastro vivo, que se altera na medida em que a vida de cada pessoa da família muda, seja na renda, na moradia ou na educação”, enfatiza o ministro Wellington Dias.
Como vai funcionar a integração com outras bases de dados?
A modernização do Cadastro Único contará com a colaboração do Ministério da Gestão e Inovação (MGI), do Dataprev e do Serpro, empresas estatais responsáveis pelo processamento de dados do governo.
Segundo Wellington Dias, o Dataprev e o Serpro formarão o “cérebro” da nova base de dados, garantindo a integração eficiente das informações.
Com essas mudanças, espera-se uma maior transparência e agilidade nos processos de concessão de benefícios sociais, proporcionando um atendimento mais eficiente e justo para a população.
Para facilitar o entendimento, aqui estão os principais pontos das mudanças:
- Digitalização e integração dos dados até 2025
- Exigência de biometria e reconhecimento facial
- Recadastramento do BPC/Loas
- Acesso das prefeituras ao novo sistema
- Processos automáticos de atualização de dados
As mudanças no CadÚnico prometem trazer avanços importantes na gestão de programas sociais no Brasil.
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