MPF suspeita de “supervalorização dos ativos” da WTorre
Na denúncia sobre o aporte de R$ 132 milhões da Funcef no Estaleiro Rio Grande, o MPF diz que houve "supervalorização dos ativos vendidos pela WTorre", que subestimou o risco do empreendimento...
Na denúncia sobre o aporte de R$ 132 milhões da Funcef no Estaleiro Rio Grande, o MPF diz que houve “supervalorização dos ativos vendidos pela WTorre”, que subestimou o risco do empreendimento.
Segundo o MPF, a “negociação de cotas de fundo de investimento (FIP RG Estaleiros)” se deu “sem lastro econômico”. Também foram ignorados pareceres técnicos que sugeriam a realização de avaliações alternativas, e o contrato de compra foi fechado “antes mesmo da aprovação do investimento pela diretoria executiva da Funcef”.
O contrato foi assinado em 2 de junho de 2010. Já a aprovação pela diretoria executiva aconteceu mais de dois meses depois, em 17 de agosto, segundo os procuradores.
O MPF suspeita ainda da empresa contratada para avaliar os ativos da empresa WTorre, vendidos à Funcef e à Engevix. Trata-se da Rio Bravo Project Finance Assessoria Empresarial LTDA, de Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central.
“O escolhido, segundo revelaram as investigações, foi o que avaliou os estaleiros em R$ 448,5 milhões, valor que para os investigadores foi superestimado. Além disso, em agosto de 2010, uma nova configuração de negócio foi apresentada à diretoria, elevando o valor do investimento para R$ 564,4 milhões. O resultado é que a Funcef acabou desembolsando ainda mais pelas cotas. Apenas com essa manobra, o aporte subiu de R$ 102,5 milhões para R$ 141,1 milhões.”
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)