O Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação nesta sexta-feira (5) sobre a expulsão de uma mulher preta de uma aeronave comercial da empresa Gol, no Aeroporto Internacional de Salvador (BA). O caso aconteceu na última sexta-feira (28) e ganhou repercussão nas redes sociais.

A investigação pretende apurar a possível ocorrência de racismo e violação dos direitos das mulheres, “para que se possa adotar as providências compensatórias, reparatórias e de responsabilização, no âmbito cível, para a proteção dos direitos coletivos eventualmente violados”.

Em ofício à companhia aérea Gol, o MPF solicitou que os detalhes sobre o episódio, a cópia da regulamentação que orienta seus funcionários em situações dessa natureza, a qualificação de toda a equipe de bordo que estava presente sejam enviados.  O órgão pede informações também sobre o treinamento e qualificação de seus funcionários sobre o tratamento a ser dispensado aos passageiros, sobretudo, para evitar qualquer espécie de discriminação.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Superintendência Regional da Polícia Federal (PF) na Bahia também deverão esclarecer sobre a expulsão da passageira.

No dia 29 de abril, Samantha Vitena foi expulsa da aeronave por agentes da Polícia Federal (PF), a pedido do comandante do voo. A companhia aérea alegou que os agentes foram chamados porque a passageira negou-se a despachar a bagagem de mão corretamente.

De acordo com testemunhas,  Samantha já havia acomodado a mochila em um compartimento e os policiais chegaram quase 1 hora depois.