MP vê indícios de que empresário preso doava 6 mil por mês ao MBL
O Ministério Público de São Paulo diz haver indícios de que o empresário Alessander Mônaco Ferreira, preso na última sexta (10) na Operação Juno Moneta, doava ao MBL, em média, R$ 6 mil por mês, o que correspondia a seu salário líquido no governo de São Paulo...
O Ministério Público de São Paulo diz haver indícios de que o empresário Alessander Mônaco Ferreira, preso na última sexta (10) na Operação Juno Moneta, doava ao MBL, em média, R$ 6 mil por mês, o que correspondia a seu salário líquido no governo de São Paulo.
As doações eram feitas durante transmissões de vídeo do movimento pelo YouTube e, segundo o promotor Marcelo Batlouni Mendroni, tinham o objetivo de ocultar a origem da doação.
“Os pagamentos efetuados via Superchat são muito menos rastreáveis no que tange à origem do dinheiro – há diversos vídeos no Youtube mencionando a possibilidade de doações por meio de compra de cartões pré-pagos, facilitando eventual prática de lavagem de dinheiro”, diz o pedido de prisão e bloqueio de bens do empresário.
De fevereiro do ano passado a janeiro deste ano, Alessander era gerente de tecnologia da informação da Comissão de Avaliação de Documentos e Acesso, órgão da Imprensa Oficial de São Paulo, responsável pela gestão de documentos públicos do estado.
Mas o que chamou a atenção do MP-SP é ele ganhava bem mais com suas empresas na área de tecnologia: a Monaco Intelligent Consulting Ltda. e a Amazing Consulting Tecnology and Innovation.
Na descrição do promotor Marcelo Batlouni Mendroni, “ambas situadas em endereço residencial, sem funcionários e com objetos sociais muito semelhantes, fato que enseja fortes suspeitas de que funcionem, para movimentar valores ilícitos”.
Relatório da Receita indicou que, entre janeiro de 2016 e junho de 2019, Alessander recebeu mensalmente em suas contas R$ 94,9 mil, em média, o que totaliza R$ 4,5 milhões no período.
Seus rendimentos, porém, somam R$ 902,4 mil, o que, para o MP-SP, indica “movimentação financeira incompatível” de R$ 3,6 milhões. O gasto médio com cartão de crédito era de R$ 27,4 mil, segundo a fiscalização da Receita.
Na sexta, o MP apreendeu na casa de Alessander, onde funciona uma das empresas, R$ 37 mil em espécie. Na casa dos pais, onde está sediada a outra empresa, foram encontrados R$ 65 mil.
Em nota divulgada na sexta, o MBL diz que Alessander jamais fez parte do movimento.
Quanto às doações via YouTube, afirmou que é “risível o apontamento de ocultação por doações na plataforma Google Pagamentos, haja vista que todas as doações recebidas na plataforma públicas, oriundas do YouTube e vulgarmente conhecidas como ‘superchats’, significando quantias irrisórias, feitas por uma vasta gama de indivíduos de forma espontânea. Sob o aspecto lógico, seria impossível realizar qualquer espécie de ocultação e simulação fiscal por uma plataforma pública e com quantias pífias.”
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)