MP-SP deflagra operação contra fraude fiscal de R$ 10 bilhões de farmacêuticas
O MP de São Paulo deflagrou hoje a segunda fase da Operação Monte Carlo,, que investiga um esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro por empresas do setor farmacêutico...
O MP de São Paulo deflagrou hoje a segunda fase da Operação Monte Carlo,, que investiga um esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro por empresas do setor farmacêutico. De acordo com os investigadores, as fraudes desviaram R$ 10 bilhões dos cofres públicos em seis anos.
As investigações são tocadas por uma força-tarefa composta por integrantes do MP-SP, da Secretaria de Fazenda de São Paulo, da Procuradoria do Estado, das polícias Civil e Militar de São Paulo e da Receita Federal.
Foram alvo da operação de hoje as empresas Medicamental, Navarro, Dismed, TFarma, Divamed, Bifarma, Campeã e Abradilan.
Estão sendo cumpridos desde o início da manhã 88 mandados de busca e apreensão em empresas e na residência de pessoas ligadas aos esquemas, em diversas cidades da região de São Paulo, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Bauru, Piracicaba e Campinas e também em endereços de Goiás e Minas Gerais.
As ordens foram expedidas pelo juiz Brenno Gimenes Cesca, da 2ª Vara Criminal de São José dos Campos, que determinou ainda o sequestro de 17 imóveis ligados aos investigados.
Segundo o MP paulista, a operação de hoje se baseia na delação premiada de um dos alvos da primeira fase das investigações, deflagrada há três anos contra a rede de farmácias Farma Conde. Segundo os investigadores, os alvos confessaram fraudes fiscais e pagaram R$ 340 milhões em dívidas de impostos federais e estaduais.
O MP afirma que as fraudes fiscais funcionavam por meio da compra de produtos de uma empresa em Goiás e de distribuidoras de remédios em São Paulo, que deveriam assumir a responsabilidade de recolhimento do ICMS devido por antecipação tributária na entrada da mercadoria em território paulista.
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