O Ministério Público do Rio de Janeiro deflagrou hoje a Operação Pagão, que investiga organização social acusada de desvio de R$ 9,1 milhões da gestão de unidades de saúde no estado.

Conforme noticiamos mais cedo, quatro pessoas foram presas.

De acordo com as investigações, o Instituto Lagos Rio assinou contratos superfaturados entre 2012 e 2019 com o governo. Ao todo, a empresa faturou R$ 649 milhões com a gestão das unidades de saúde do Rio ao longo dos anos.

O desvio de dinheiro público, segundo o MP-RJ, acontecia por meio do envio do excedente do sobrepreço dos contratos a empresas ligadas ao Instituto Lagos Rio sob o pretexto de terceirização de serviços.

Os saques eram feitos em dinheiro vivo, segundo os investigadores do Grupo de Combate à Corrupção do MP do Rio (Gaecc).

A operação de hoje foi deflagrada depois que a Justiça recebeu a denúncia e transformou todos os envolvidos em réus.

O centro do esquema, segundo o MP, é o empresário Juracy Batista de Souza Filho, operador do Instituto Lagos Rio. Os filhos dele, Fabio Figueiredo Andrade de Souza e Fernanda Andrade de Souza Risden, seu cunhado José Marcus Antunes de Andrade, bem como os ex-dirigentes do Instituto Lagos Rio Sildiney Gomes Costa, José Carlos Jorge Lima Buechem, Hugo Mosca Filho também foram denunciados.

Do lado das empresas beneficiadas pelo esquema, foram denunciados Renê Borges Guimarães, José Antonio Sabino Júnior, José Pedro Mota De Sousa Ferreira, José Antônio Carauta de Souza Filho e Gustavo de Carvalho Meres.

O caso tramita na 35ª Vara Criminal da Capital.